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segunda-feira, 28 de abril de 2014

AMIGO DA ONÇA....

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Lula somatiza com crise, mas sinaliza que brasileiros devem entrar fortes na privatização de Portugal


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Presidentro Lula começa a transferir para o seu corpo físico os problemas de ordem psicológica - gerados por alta pressão política. Lula somatiza os desdobramentos da Operação Lava Jato sobre seus aliados próximos, comprometendo a reeleição de Dilma Rousseff e com o alto risco de fracasso na aventura eleitoral do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Palácio dos Bandeirantes. Tantos problemas justificam o quadro médico de labirintite – sensação geralmente causada por pressão alta, que forçou Lula a ficar internado de sábado até domingo de manhã no Hospital Sírio-Libanês (o SUS dos políticos mais ricos do Brasil).

Mas se Lula anda preocupado com a saúde política pessoal e de seu grupo próximo, parece esbanjar grande saúde financeira. Lula concedeu uma entrevista de quase 40 minutos à televisão portuguesa RTP, divulgada no domingo. A condução da belíssima jornalista Cristina Esteves fez com que Lula sinalizasse onde vão acontecer os futuros empreendimentos de seus companheiros de negócio. O alvo de Lula são as próximas privatizações de Portugal – faturada pelos chineses. Tanto que Lula defendeu que o Brasil abra créditos para empresários entrarem nessas lucrativas operações. Embora tenso com a conjuntura política, Lula ainda pensa no futuro econômico de seus parceiros: “Espero que o Brasil participe com mais disposição e vontade de ganhar”.

O Chefão Lula conseguiu o malabarismo de driblar a provocação da apresentadora portuguesa sobre o Mensalão e a grave crise (de gestão e corrupção) que atinge a Petrobras, envolvendo os petistas. Lula aproveitou para tirar o dele da reta, vendendo sua imagem como exemplo de honestidade a ser seguido: “Não adianta dizer que o Lula pratica qualquer ato ilícito porque o povo me conhece. Digo todo dia... Querida, eu sou filho de pai e mãe analfabetos e digo todo dia para não ter dúvidas. O único patrimônio que minha mãe me deixou foi a conquista de andar de cabeça erguida. E eu sei o valor de andar de cabeça erguida. Eu sei o quanto sofri para chegar lá. Não é um adversário que vai fazer o Lula tremer”.

Lula fez uma previsão profética, depois de lembrar que indicou seis dos 11 ministros que julgaram a famosa Ação Penal 470 e “que tem companheiro do PT preso”. O Presidentro advertiu que o mensalão será recontado para se saber o que aconteceu de verdade: “O que eu acho é que não houve mensalão. Agora, eu também não vou ficar discutindo as decisões da Suprema Corte. O que eu acho é que essa história vai ser recontada, é apenas uma questão de tempo. Tem uma coisa que as pessoas precisam compreender: o povo é mais esperto do que algumas pessoas imaginam. O mensalão, o tempo vai se encarregar de provar, que o mensalão, você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”.


Lula usou a entrevista aos portugueses para ainda deixar dúvidas sobre sua improvável candidatura à Presidência da República: ‘Em política, a gente nunca pode dizer não, mas eu acho que eu já cumpri com a minha matéria no Brasil. Eu sonhava em ser presidente porque eu queria provar que eu tinha mais competência para governar do que a elite brasileira. E provei”. Mesmo sem entrar no tema de queda de popularidade da Presidenta Dilma Rousseff, Lula prometeu que será cabo eleitoral dela na eleição: “A Dilma é uma mulher de extrema competência... Ela vai ganhar as eleições”...

Lula também não tocou em uma tática candidatura ao Senado por São Paulo, para turbinar a candidatura do poste Alexandre Padilha e garantir, para ele mesmo, uma providencial “imunidade parlamentar e foro privilegiado para eventuais broncas judiciais”, em caso (quase certo) de perda de poder pelo PT. Lula claramente dissimulou: “Não quero cargo político. Eu era deputado em1990 quando meu partido queria que eu fosse candidato, eu tinha perdido em 1989, (e o PT) queria que eu fosse candidato para ter 1,5 milhão de votos (como deputado). Eu disse: não vou ser candidato porque quero provar para o PT que eu não preciso de cargo para ser importante. Eu quero ser importante pela minha capacidade de trabalho. Então, não preciso de cargo”.

Aos portugueses, Lula citou números para mostrar que não existe País, em termos macroeconômicos, melhor que o Brasil. Diante da provocação da jornalista da RTP, indagando porque o povo estava indo às ruas, Lula fez o malabarismo de sempre: “O povo quer mais. Você não tenha dúvida de que assim é a humanidade. Se você consegue comer hoje um contrafilé, depois de uma semana, você quer filé. Se você começar comer filé, vai querer comer uma coisa melhor. Eu acho extraordinário que povo queira mais. A Fifa foi fazer a Copa e a Fifa exige estádios mais qualificados do que os que a gente tinha. Então, se instituiu no Brasil o padrão Fifa para a Copa. Achei extraordinário que o povo começasse a reivindicar escola padrão Fifa, saúde padrão Fifa, transporte padrão Fifa”.

A apresentadora tentou interromper, alegando que há subsídios estatais para a copa privada da Fifa, no que Lula rebateu: “Nos estudos da OCDE, fomos o país que mais investiu em Educação. Não vamos conseguir resolver os problemas de cinco séculos. Embora não tendo diploma universitário, fui o governante que mais fez universidade no País: 14 universidades. Acho ideal que o povo queira mais. Acho ótimo. Quanto mais o povo reivindica, mais temos de fazer”.

Lula aproveitou para contar sua versão sobre o financiamento para a Copa do Mundo: “Não tem dinheiro público do orçamento em estádio de futebol. O que o governo brasileiro tomou como decisão, e foi no meu tempo ainda, é que o governo não financiaria clubes. O Brasil emprestaria até R$ 400 milhões de reais de para os governos estaduais e financiaria até R$ 400 milhões de reais a empresas que quiserem fazer estádios. O dinheiro gasto com a Copa é com mobilização urbana. Tudo isso vai ficar para o País, a Fifa não vai levar embora”. Depois de citar vantagens para a autoestima dos brasileiros, Lula fez demagogia: “Deixa o povo ir para rua. Um vai para a rua protestando e o outro vai para o jogo”.

Lula não perdeu a oportunidade para a propaganda ufanista: “A gente não faz uma copa do mundo pensando em dinheiro. É um encontro de civilizações, feita através do esporte. A Copa do Mundo é a oportunidade que o Brasil tem demonstrar sua cara, o jeito que o Brasil é, com tudo que ele tem, mas com sua pobreza e também com sua beleza. È hora de colocar os pés no chão. E a gente ainda pode ganhar a copa... Se a oposição pensa que vai ganhar votos se o Brasil perder, e o governo pensa que vai ganhar votos se o brasil ganhar, não existe essa hipótese. Todos estão enganados. O povo sabe separar”.

O símbolo máximo do Instituto Lula avisou que continuará fazendo política. Promete levar aos países africanos e para América Latina sua experiência. Eu depois do câncer eu melhorei como ser humano. Acho temos de ser mais solidários, que precisamos olhar melhor as oportunidades. Se eu nasci aonde eu nasci, passar a vida que passei, muitas vezes sem ter o que colocar na mesa para comer, se sem ter um diploma universitário e cheguei aonde cheguei, eu digo pra todo mundo. Ninguém pode desanimar. O ser humano não tem o direito de desanimar. A Europa não tem direito de andar de cabeça baixa por causa dessa crise... Todo mundo tem que levantar a cabeça e começar a construir o mundo que deseja”.

Foi aí que acabou o tempo a bela Cristina Esteves encerrou a entrevista - difícil de engolir por quem conhece a lamentável realidade brasileira de hoje, com um País desgovernado pelo crime organizado...

Fonte:http://www.alertatotal.net/

domingo, 27 de abril de 2014

CASO CELSO DANIEL....PREVALECEU O SILENCIO !

domingo, 27 de abril de 2014

Quem quer matar Paulo Costa, Pizzolato, Vargas...?


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Alguém já ouviu falar na “República de Londrina”? Quem conhece a política paranaense a fundo garante que é o grupo de lá quem domina os negócios mais lucrativos no desgoverno federal do PT. Eles dividem a hegemonia com os paulistas: o presidentro Lula, os reeducandos José Dirceu e José Genoíno, e os bem educados Antônio Palocci Filho, Aloísio Mercadante e Guido Mantega. A Presidenta Dilma Rousseff – que posa de gerentona – é uma mera marionete de todos eles. Por isso, perderá a reeleição com o afundamento do PTitanic no oceano de lama.

Têm origem política em Londrina: Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo, Gleise Hoffman, Miriam Belchior, André Vargas (agora em desgraça) e o falecido deputado federal, salvo pela morte da condenação no Mensalão, José Janene. Pelo menos os dois últimos, vivos ou mortos politicamente, sempre tiveram relações de grana com o doleiro Alberto Yousseff, também de Londrina, poderosíssimo porque sua família opera para o grande capital da comunidade judaica e libanesa no Brasil. Youssef é sócio de Paulo Roberto Costa – ex-diretor da Petrobras que agora se diz jurado de morte.

O empresário Hermes Magnus, dono da empresa Dunel Ltda, que foi sócio do falecido deputado mensaleiro José Janene, revelou à revista IstoÉ o impressionante esquema de corrupção operado por Alberto Youssef, com ramificações nos Correios, que dá uma dimensão de como agia a facção criminosa da República de Londrina. Assustadora é sua versão sobre o poder do esquema: “Janene batia no peito para dizer que só ele e o Zé Dirceu poderiam derrubar o Lula. Mas que o mensalão é da política, sempre existiu. O Janene distribuía dinheiro para políticos em sua Mansão. Dava churrasco todo sábado. Vi lá o deputado André Vargas, o ex-prefeito Barbosa Neto, a quem deu R$ 150 mil. O deputado João Pizolatti, PP, estava sempre lá”.

A Operação Lava Jato ameaça passar o rodo na cúpula da República Sindicalista do Brazil, começando pela animada turma de Londrina. Por isso, está aberta a temporada de traições e riscos concretos de mortes para aqueles que são arquivos-vivos de um esquema de corrupção nunca antes visto na história deste Brasil. O primeiro a dar um sinal concreto de que a coisa beira a fatalidade é Paulo Roberto Costa – que já é réu pelas maquiagens para lavar dinheiro desviado de contratos da Petrobras. O problema é que ele não falou a verdade no bilhete ao advogado, no qual relata ter sido ameaçado por um agente federal, na carceragem provisória da Superintendência da PF, em Curitiba.

A versão não contada – que vazou ontem à tarde, é que Paulo Roberto recebeu um recado de dois outros presos provisórios, na ida para o banho de sol. A dupla advertiu Paulo que “dois caras viriam presos de Brasília para fazê-lo”. Na linguagem das cadeias, fazer alguém significa “assassinar”. Mesmo não acreditando na versão de Costa sobre a ameaça vinda de um policial federal, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, já determinou que ele seja transferido para uma ala de presos especiais do Presídio Estadual de Paraquara II, na região metropolitana de Curitiba. Preso desde março, por tentativa de destruição de provas, Paulo tende a passar um bom tempo hospedado na cadeia. A PF abriu um procedimento administrativo e um inquérito para apurar o que de fato aconteceu com Costa em suas dependências.


Outro cabra ameaçado de morte é o principal arquivo-vivo da transferência de grana roubada e lavada no esquema do Mensalão. Como o Alerta Totaljá tinha antecipado (vide a nota “Vade retro”, na edição de 6 de fevereiro), a Itália vai devolver ao Brasil o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro na Ação Penal 470. Contra Pizzolato pesa o fato de, mesmo tendo dupla cidadania tupiniquim-italiana, ter fugido daqui usando o passaporte falsificado em nome do irmão Celso Pizzolato, morto em 1978.

O Procurador do Ministério Público italiano, Alberto Candi, já se manifestou à Corte de Apelação de Bolonha pela extradição daquele que promete ser um dos mais incômodos personagens para a petralhada em plena véspera da reeleição perdida. Entregar Pizzolato (ainda preso por falsidade ideológica e documental) será o troco dos italianos pelos petistas terem dado asilo ao ex-terrorista e ativista de esquerda Césare Battisti... O pior é que a Itália deve mandar junto todas as provas de transferências bancárias feitas na França, na Suíça e na própria Itália. Pizzolato teria usado nomes de italianos e marroquinos como “laranjas” para enviar dinheiro ao Brasil.

Antes que se desfaça a dúvida se Pizzolato realmente corre risco de vida ao voltar ao Brasil (como alegam seus defensores), complica-se a situação de outro personagem candidato a fazer companhia a Celso Daniel (prefeito de Santo André sequestrado, torturado, seviciado e assassinado em 2002 – um cadáver politicamente insepulto de um crime nunca esclarecido de verdade que apavora a cúpula petista). O candidato a arquivo-morto chama-se André Vargas que se desfiliou ao PT semana passada, muito PT da vida por ter sido abandonado pelo comando partidário. A mágoa maior de André é com ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva – a quem atribui ter sido o autor de seu “justiçamento partidário”.

André só continua deputado federal, até quando der, para não ser imediatamente preso. Só a parte do processo da Operação Lava Jato que liga seu nome ao doleiro Youssef já tem 60 mil páginas. Seu caso deve superar o volume do gigantesco processo do Mensalão, já que a Polícia Federal ainda precisa transcrever o teor de 27 HDs apreendidos na Lava Jato. Mas o que mais apavora a petralhada é o teor nos dois computadores apreendidos na sede da Petrobras. Lá podem estar as memórias de negócios de Paulo Costa com o doleiro Youssef, na triangulação com André Vargas, e outros personagens ainda menos votados, mas que logo devem aparecer nas páginas policiais.

Para descontrair de tanta sacanagem, as intercepções telefônicas legais das Operações Miqueias (que apura fraudes em fundos de previdência municipais) e da Lava Jato já servem até de inspiração para um filme do gênero comédia romântica. A coluna de Felipe Patury, na revista Época, revela que, em 28 de fevereiro, às 8h 33min, o doleiro Yousseff e o deputado federal baiano Luiz Argôlo (Solidariedade) mantiveram um papo pra lá de carinhoso. Argôlo soltou: “Você sabe que eu tenho um carinho por você e é muito especial”. Como Youssef respondeu “e eu idem”, o parlamentar abriu o coração: “Queria ter falado isto ontem. Acabei não falando. Te amo”. Youssef retribuiu: “Eu amo você também! Muitooooooooooo”.

Não se sabe se, nesse caso, dá para provar a tese de que o amor verdadeiro seja um contraegoísmo... Mas o deputado federal baiano merecia ganhar de presente um CD com o sambinha do Jards Macalé com a antológica música com letra de uma palavra só: “Coração”. De novo Luiz Argôlo, agora em uma das 400 trocas de mensagens do doleiro Faued Traboulsi. O papo amoroso foi na saída do aeroporto de Brasília, onde o parlamentar era aguardado pelo homem das verdinhas para a carona em uma BMW X6 branquinha. Segundo relato da coluna de Ricardo Boechat, na revista IstoÉ, Faued comemora: “Estamos bem, hein!”. E Argôlo complementa: “A gente vai dominar este País!”

Tá tudo dominado” – como se diz na gíria da marginalidade... Infelizmente, o domínio não se dá através do amor verdadeiro... Mas através de uma evidente paixão pela corrupção, mexendo com o instinto basicamente macabro do ser humano na sociedade capitalista, sempre correndo atrás de dinheiro, sexo e poder... O caso concreto, no estágio atual dos escândalos da Lava Jato, Porto Seguro e operações afins, é que existe alto risco de morte de muitos envolvidos cuja memória representem risco para a cúpula da organização criminosa. Infelizmente, muita gente pode morrer. Mas não vai morrer de amor... Com certeza...


sábado, 26 de abril de 2014

UMA GRANDE FALÁCIA !

O perigo e a falácia da desmilitarização da polícia‏

 Para: emdireitabrasil@yahoogrupos.com.br
Por Felipe Moura Brasil, publicado na revista Veja em 22 Abr 2014
[AVISO: Sim, o post ficou grande, mas se divide em Introdução, Vídeo e Artigo. Julguei necessário reunir tudo num link só, para facilitar a vida dos interessados.]
Morrem cerca de 50 mil pessoas assassinadas por ano no Brasil, resultado evidente de um governo que fomenta a criminalidade, de legisladores que protegem os bandidos e da hegemonia cultural esquerdista que alçou ambos ao poder, com seus "pensadores" que legitimam moralmente os crimes e atacam as forças policiais, sobretudo se militares, projetando contra as instituições os erros, excessos e, sim, crimes que eventualmente cometem, como em qualquer outra instituição humana, alguns de seus homens.
Isto sem que esses pensadores – e os políticos que os macaqueiam – jamais se pronunciem quando morre um policial, como acontece a cada 32 horas no país.
É preciso expor os nossos problemas de segurança pública.
Delegados e agentes estão se engalfinhando até agora na seção de comentários deste blog, porque escrevi aqui sobre a crise da Polícia Federal e as manifestações dos EPAS (escrivães, papiloscopistas e agentes), cuja pauta – a despeito de pontos aparentemente justos – inclui a PEC 51, de autoria de Lindbergh Farias (PT), que ora tramita no Senado e que – também a despeito de pontos aparentemente justos – propõe a desmilitarização da PM.
Minha questão é: como pode boa parte dos EPAs lutar ao mesmo tempo contra a instrumentalização da PF pelo PT e a favor do projeto de um petista que, seguindo a cartilha da ONU, centraliza ainda mais o poder federal, como aconteceu na Venezuela de Chávez e Maduro? Em nome da reestruturação da carreira, os agentes estão dispostos a fornecer este imenso poder ao adversário que agora denunciam? Ou eles não o teriam?
Não me venham com a conversa mole de que a proposta deve ser discutida sem partidarismos, ao mesmo tempo em que condenam a "ideologia militar" e o "legado ditatorial" da PM, com um discurso inteiramente contaminado de ideologia esquerdista em seu sentido mais embusteiro, ou seja, psolista. Eu quero saber é qual a proteção que a população brasileira teria contra o controle do governo federal sobre as polícias, inclusive no que concerne à inoculação de uma ideologia infinitamente mais perniciosa que os valores militares na formação dos novos policiais.
Seguem abaixo duas críticas fundamentais à desmilitarização da PM que reforçam esses pontos:
Item I – No programa "Tratamento de Choque" da Rádio Vox, que transcrevo de forma resumida, Diogo Fontana mostra o perigo de entregar 500 mil homens armados nas mãos do PT;
Item II – O sociólogo e jornalista José Maria e Silva contextualiza a polêmica em artigo, com todas as suas questões acadêmicas, culturais, vocacionais, institucionais e prisionais que a propaganda das partes interessadas sempre encobre.
Por fim, um vídeo de Paulo Eduardo Martins, só para colocar a ONU no seu devido lugar.
O blog está aberto para este debate complexo, o que não quer dizer que vai aprovar as infâmias de militantes histéricos.
I. O perigo da desmilitarização da polícia: 500 mil homens armados nas mãos do PT
Veja os vídeos acessando o link no final do texto.
É a PEC-51 criada pelo senador Lindbergh Farias, do PT. Essa PEC visa a desmilitarização da Polícia Militar.
Antes disso, eu quero explicar como funcionam as Forças Armadas no Brasil.
O efetivo atual é o seguinte:
Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) - 370 mil homens (servindo agora);
Forças de Reserva – 1 milhão de homens.
Desse 1 milhão, mais ou menos metade são pessoas que já serviram o Exército – desde o sujeito de 45 anos que serviu quando tinha 18 até o cara que serviu no ano passado.
São pessoas que tiveram pelo menos um ano de treinamento militar, mas que estão em casa, fora de forma etc. Custa dinheiro e muito esforço mobilizar e treinar esse pessoal e provavelmente nem existe arma disponível para todos eles.
Os outros 500 mil das Forças de Reserva são justamente os policiais militares de todos os estados do Brasil. Ou seja: metade da Reserva é a PM.
O que é que o PT está propondo, através de Lindbergh Farias?
Acabar com metade das Forças de Reserva das Forças Armadas.
Eles querem amputar quase 40% do tamanho das Forças Armadas. É isto que eles estão fazendo. Quando você ouvir alguém falando em fim da PM, entenda: eles querem cortar quase pela metade o tamanho das Forças Armadas brasileiras.
Se tirar essa polícia, vão colocar outra: uma polícia civil unificada, estadual.
A lei prevê organização municipal da polícia, organização metropolitana, setorial, isto até seria interessante, se não fosse uma artimanha...
As polícias civis unificadas vão ser estaduais, sob o comando do estado, mas a armadilha é a seguinte: mesmo havendo uma multiplicidade de forças policiais neste novo modelo, todas elas serão submetidas a diretrizes federais.
Ou seja: o Governo Federal vai ditar as regras. Vai ter a polícia metropolitana de São Paulo, do Rio, de Sergipe, em cada estado, mas todas elas vão obedecer no fim das contas a um Ministério em Brasília. Ou seja: centraliza o poder ainda mais.
Querem substituir cerca de 500 mil homens sob o comando das Forças Armadas por 500 mil homens dirigidos de Brasília, em última instância pelo Poder Executivo.
Com mais um detalhe:
As instituições de formação dessas novas forças policiais serão também deferais, ou seja: vai ser a oportunidade perfeita de inocular também ideologia na cabeça dos oficiais.
De uma hora para outra, com muita rapidez, o PT vai ter 500 mil homens armados.
Por isto que eu falei: fujam! Se isto acontecer, é "game over" mesmo.
As Forças Armadas estão estado de penúria, sucateadas, os 370 mil homens têm hoje poucos recursos e equipamentos, enquanto que os novos vão certamente receber muito mais investimentos e vão estar praticamente sob o comando de Brasília. O PT vai garantir para si o comando bélico do Brasil.
Vai quebrar a espinha das Forças Armadas, cuja resistência se não for inócua, estará muito fragilizada.
De largada, já vai haver uma desvantagem númerica dos homens da ativa. São 370 mil das três Forças Armadas contra o efetivo inicial de 500 mil na ativa sob o comando do Executivo.
É o controle militar do país. É o golpe final nas Forças Armadas. Isso aí é muito importante e muito perigoso.
Os governadores nominalmente vão ter o poder sobre os seus efetivos policiais, mas as diretrizes vão ser federais e quem vai estar inoculando ideologia serão as escolas federais também. Os policiais vão obedecer a Brasília, isto é lógico.
II. A falácia da desmilitarização da polícia
José Maria e Silva (nov/2013)
Criar um "SUS" da segurança pública, unificar as polícias e despir a PM de sua farda – eis as propostas que prometem revolucionar a segurança pública no País. Praticamente unânimes entre os acadêmicos especializados na área, essas ideias conquistam cada vez mais adeptos em Brasília. É o que se percebe nas discussões da Comissão Especial de Segurança Pública do Senado, instalada em 2 de outubro deste ano com o objetivo de debater e propor soluções para o financiamento da segurança pública no Brasil. Criada por iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a comissão é presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e tem como relator o senador Pedro Taques (PDT-MT).
"O sistema de segurança pública no Brasil está absolutamente falido" – com essa declaração, proferida numa audiência pública realizada no dia 13 de novembro último, o senador Pedro Taques resumiu um sentimento das ruas que hoje encontra guarida até nos quartéis. Cada vez mais estão surgindo depoimentos de policiais militares colocando em descrédito a própria corporação a que pertencem. É o caso do livro O Guardião da Cidade (Editora Escrituras, 2013, 256 páginas), do tenente-coronel Adilson Paes de Souza, fruto de sua dissertação de mestrado "A Educação em Direitos Humanos na Polícia Militar", defendida na Faculdade de Direito da USP em 2012, sob a orientação do cientista político Celso Lafer.
Nesse trabalho acadêmico, festejado por toda a imprensa, o tenente-coronel da PM paulista defende a ampliação da carga horária do estudo de direitos humanos na formação dos oficiais da Polícia Militar, como forma de combater a tortura. Em artigo anterior, procurei demonstrar que se trata de uma falácia. O Curso de Formação de Oficiais é praticamente um curso completo de Direito e, como se sabe, é impossível estudar qualquer disciplina do Direito sem tratar dos direitos humanos, uma vez que a Constituição de 88, base legal de todas as disciplinas jurídicas, é alicerçada, de ponta a ponta, nos direitos da pessoa humana.
Sobrevivendo na Gestapo brasileira
Em vários momentos do livro, influenciado por pensadores de esquerda, que vêm na polícia um braço armado do sistema capitalista, Paes de Souza, de modo quase indisfarçável, compara a Polícia Militar brasileira com a Gestapo de Adolf Hitler. Chega a descrever o produto das ações da PM como um novo campo de concentração nazista. Com base em artigo da psicóloga e psicanalista Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, sintomaticamente intitulado "Violência, Massacre, Execuções Sumárias e Tortura", o tenente-coronel cita como exemplo desses casos, os 111 mortos do Carandiru, em 1992, os 493 mortos quando dos ataques do PCC em 2006 e a Operação Castelinho em 2002, "que constituiu uma emboscada", com 12 mortos – todos bandidos do PCC, acrescente-se, já que o coronel não o faz em sua tese.
Para a psicóloga Maria Auxiliadora Arantes, citada no livro O Guardião da Cidade, tais acontecimentos "são crimes filhotes de um Estado que deixou intacto um aparelho de matar e que não puniu os que o montaram". O tenente-coronel Adilson Paes de Souza corrobora literalmente suas palavras, tanto que acrescenta a elas a seguinte frase: "De fato, Auschwitz faz-se presente". Reparem: Paes de Souza está comparando o trabalho da Polícia Militar – instituição em que atuou durante 28 anos, chegando a tenente-coronel – com a violência das forças nazistas nos campos de concentração de Hitler. Justamente num momento em que a PM está sob o fogo cerrado dos formadores de opinião.
O cientista político Celso Lafer, responsável pela dissertação de mestrado de Adilson Paes de Souza na USP, deveria ter-lhe feito uma pergunta singela antes de aceitar a orientação de seu trabalho: "Onde o senhor estava, na condição de tenente-coronel da Polícia Militar, quando seus subordinados de farda se tornaram exemplos atuais da Gestapo de Hitler, torturando e executando pessoas?" Antes de pontificar sobre os problemas da Polícia Militar, apresentando soluções mirabolantes do conforto de uma cátedra universitária, o tenente-coronel deveria ter respondido para si mesmo essa pergunta. Na condição de tenente-coronel da Gestapo brasileira (a se crer nos seus próprios conceitos), ou Paes de Souza foi cúmplice do holocausto que denuncia ou foi omisso diante dessa carnificina que imputa à PM. Em qualquer dos casos, deveria refletir com mais profundidade sobre o assunto, antes de se arvorar a defender tese, escrever livro e contribuir, ainda que involuntariamente, para a difamação sistemática de que a PM é vítima na imprensa e nas universidades.
Não é possível sobreviver durante 28 anos num aterro sanitário moral e dele sair com a alma cheirando a talco, como canta Gilberto Gil. Em seu livro, citando o economista Albert Hirschman, Paes de Souza fala que os membros de uma instituição podem abandoná-la ou criticá-la quando se sentem descontentes. O autor não diz, mas, no caso da Polícia Militar, a via mais frequente é a omissão: o policial se esconde numa carreira burocrática, evitando o confronto das ruas e, com isso, pode pontificar sobre direitos humanos sem correr riscos. O tenente-coronel sobreviveu ao horror que denuncia foi por essa terceira via? Sem essa explicação, suas reflexões e denúncias sobre a PM perdem muito da autoridade que poderiam ter.
Depoimentos de PM homicidas
Para exemplificar as críticas que faz à polícia, Adilson Paes de Souza colheu o depoimento de dois policiais militares condenados por homicídio e se valeu também de dois depoimentos colhidos pelo jornalista Bruno Paes Manso, do jornal O Estado de S. Paulo. Em junho de 2012, Manso defendeu no Departamento de Ciências Políticas da USP a tese de doutorado "Crescimento e Queda dos Homicídios em São Paulo entre 1960 e 2010", em que faz uma "análise dos mecanismos da escolha homicida e das carreiras no crime". Essa tese de Manso já havia lhe rendido o livro O Homem X: Uma Reportagem sobre a Alma do Assassino em São Paulo (Editora Record, 2005), no qual o tenente-coronel buscou os dois depoimentos.
Os policiais ouvidos por Paes de Souza ganharam os apelidos de "Steve" e "Mike", geralmente dados aos policiais que trabalham nas ruas. O policial Steve foi condenado a mais de 20 anos de reclusão por um homicídio a tiros e facadas. "No auge da prática do ato, senti que estava cheio de ódio e acabei descarregando tudo sobre o corpo da vítima. Tinha um sentimento de ódio generalizado de tudo", afirma o policial. De origem nordestina, ele contou que seu pai era PM aposentado e costumava conversar com toda a família na hora do jantar sobre o sentimento de honra que envolvia a profissão. Inspirando-se no pai, Steve, ao completar 18 anos, ingressou na polícia, por meio de concurso público.
"Fui designado para trabalhar numa unidade da Polícia Militar na periferia da cidade de São Paulo. Comecei a ver uma realidade que não conhecia: favelas, meninas estupradas, pessoas pobres vítimas de roubo, o que causou revolta", conta Steve. Movido por essa revolta, diz que começou a trabalhar além do horário normal, prendendo o máximo possível de bandidos, na esperança de acabar com a criminalidade na região. O PM conta que, numa ocasião, prendeu em flagrante dois ladrões que tinham roubado um supermercado, mas na noite do mesmo dia viu os dois na rua. Quando os abordou, soube que fizeram um acordo com o delegado, inclusive deixando na delegacia uma parte da propina para o policial.
"Nesse momento, percebi que a corrupção existente nos distritos policiais da área onde trabalhava gerava a impunidade dos delinquentes", afirma Steve, que passou a frequentar velórios de policiais mortos em serviço, alimentando ainda mais sua revolta com a impunidade dos bandidos. Foi aí que decidiu fazer justiça com a própria farda: "Eu era juiz, promotor e advogado. Levava a vítima para um matagal, concedia-lhe um minuto para oração e a sentenciava a morte". Essa vida de justiceiro fardado destruiu sua família. Sua mulher chegou a tentar o suicídio. E, na cadeia, sofreu maus-tratos e não teve a solidariedade dos colegas: os policiais que o visitavam estavam mais preocupados em sondá-lo para saber se não seriam delatados, em virtude de outras ocorrências.
Um dos entrevistados pelo repórter Bruno Paes Manso, citado na dissertação do tenente-coronel Paes de Souza, também relata que se via em guerra contra os criminosos e, movido pelo ideal de resolver o problema da criminalidade, trabalhava praticamente o dobro: as oito horas regulamentares pagas pelo Estado somadas às oito em que combatia o crime de graça, por sua própria conta e risco. Esse policial contou ter deparado com vários casos graves, que só via em filmes. Certa vez, atendeu a uma ocorrência em que uma criança de quatro anos foi estuprada e ele, junto com outros policiais militares, evitou o linchamento do estuprador. "Nesse momento, achou um contrassenso ter que proteger quem havia praticado uma monstruosidade contra uma menina. Sentiu revolta", relata Paes de Souza.
Mais confrontos, mais mortes
Esse é praticamente o padrão dos depoimentos de policiais militares condenados por homicídio: 1) imersão idealista do policial no combate ao crime; 2) revolta com a impunidade dos criminosos; 3) justiça com a própria farda; 4) prisão, arrependimento e transferência da culpa para a corporação militar. O livro Sangue Azul (Editora Geração Editorial, 2009), baseado no depoimento de um soldado da PM do Rio de Janeiro ao documentarista Leonardo Gudel, também segue esse padrão. E, de acordo com as entrevistas concedidas pelo autor, parece que o recém-lançado Como Nascem os Monstros (Editora Topbooks, 2013, 606 páginas), romance do policial carioca Rodrigo Nogueira, condenado e preso por homicídio, também não foge à regra.
Um sargento preso por homicídio e ouvido por Bruno Paes Manso explica que o "assassinato é uma importante ferramenta no cotidiano perigoso do policial militar que trabalha na rua", e acrescenta que "se os policiais fossem proibidos de matar seria melhor que parassem de trabalhar". Esse mesmo policial diz ainda: "Sem contar que a bandidagem está cada vez ficando mais ousada, mais armada e respeita cada vez menos a polícia. Isso é explicado dessa forma, isso não foi a polícia que motivou. Hoje tem muito mais reação, o pessoal enfrenta, por isso tem mais morte". O tenente-coronel Paes de Souza, do alto de sua tese da USP, classifica essa fala do sargento como simplista, por afirmar que mais criminalidade significa mais confronto e, consequentemente, mais mortes.
Ora, simplista é o modo como o tenente-coronel, desprezando seus 28 anos de experiência como policial, deixa-se seduzir pela inútil retórica da academia e utiliza esses depoimentos para corroborar teses injuriosas a respeito da Polícia Militar, que a acusam de ser uma máquina assassina, nazista, semelhante a Auschwitz. Quando atribuem à Polícia Militar o suposto "genocídio da juventude negra", calúnia que já foi corroborada até por membros do Poder Judiciário, os acadêmicos escondem dois detalhes cruciais: primeiro, muitos jovens negros das periferias são recrutados pelo narcotráfico e matar ou morrer são verbos que conjugam diariamente; segundo, a Polícia Militar emprega muito mais negros do que as universidades que a criticam. Então, a ser verdade o que diz a academia, esses policiais não seriam genocidas, mas suicidas: estariam matando deliberadamente seus próprios familiares.
O tenente-coronel e os demais acadêmicos que escrevem teses sobre segurança pública acreditam que basta perorar sobre direitos humanos no ouvido de um soldado para que ele saia à rua com flores na boca do fuzil, ajudando velhinhas no semáforo e pegando crianças no colo, até que surja um marginal armado e esse policial, consciente de seus deveres, saque da farda um exemplar da Constituição e atire no rosto do bandido seus direitos humanos, para que o criminoso estenda os pulsos com cidadania e seja algemado com dignidade. É óbvio que a terrível complexidade da segurança pública não se rende a golpes de retórica sobre direitos humanos.
Policial só se equipara a médico
Uma análise verdadeiramente profunda dos depoimentos dos homicidas da PM revela a complexa natureza do trabalho policial, que, em qualquer tempo e lugar, é inevitavelmente insalubre para a alma. O policial é como o médico: sem uma dose sobre-humana de frieza, ele não será capaz de proteger vida nenhuma, pois o medo do sangue, da mutilação, do cadáver, irá acovardá-lo diante do dever a ser cumprido. Por isso, ser policial não é para qualquer um. Os policiais homicidas tentam enganar a própria consciência quando dizem que a corporação os transformou em violentos. O potencial de violência já estava presente neles ou não teriam sonhado em ser policial, uma profissão que, em algum momento, há de exigir violência para que as leis sejam cumpridas. Afinal, se bandido ouvisse conselho, não entraria no crime.
Polícia não é assistência – é contenção. Ela é chamada justamente quando as normas da cultura e os mandamentos da lei já não são suficientes para manter o indivíduo no bom caminho e alguém precisa contê-lo. Por isso, a polícia tem de ser viril. A testosterona que faz o bandido violento é a mesma que faz o policial corajoso. Daí a importância de se separar ontologicamente o policial do criminoso. Ao contrário do que acreditam os acadêmicos, o policial tem que tratar o bandido como inimigo, sim. O soldo sozinho – por maior que seja – não é capaz de separar o policial do criminoso, pois a natureza mais profunda de ambos e o ambiente em que vivem se alimentam da mesma virilidade masculina, responsável por mais de 90% dos crimes violentos em qualquer cultura humana em todos os tempos.
O policial de rua, obrigado a enfrentar o crime de arma em punho e não de uma sala refrigerada da USP, é como um médico num campo de refugiados ou em meio a uma epidemia letal: se trabalhar só pelo dinheiro, ele voltará para casa na hora, pois não há salário que pague sua própria vida, permanentemente em risco. Para compensar os riscos da profissão, o policial precisa ser tratado como herói. Especialmente num país como o Brasil em que a criminalidade soma cerca de 63 mil homicídios por ano (de acordo com estudos do Ipea). O policial precisa ter a certeza de que, ao tombar no campo de batalha, sua morte não será em vão: a sociedade irá cultuá-lo como herói diante de sua família enlutada e o bandido que o matou será severamente punido.
No Brasil, ocorre justamente o contrário: enquanto a morte de bandidos é cercada de atenção pelas ONGs dos direitos humanos e gera violentos protestos de rua em São Paulo e Rio, a morte de um policial não passa de uma efêmera nota de rodapé no noticiário e, em muitos casos, sua família não recebe nem mesmo a visita das autoridades da própria segurança pública, temerosas do que possam pensar os formadores de opinião. Já em países como os Estados Unidos, um bandido reluta em matar um policial, pois sabe que o assassinato será motivo de comoção pública e a pena que o aguarda será à altura dessa indignação cívica com a morte de um agente da lei.
Completa inversão de valores
Mas não basta tratar como herói o policial – também é preciso tratar o bandido como bandido. O ser humano é um ser relativo e não consegue julgar em absoluto, mas somente por meio de comparação. Por isso, ao mesmo tempo em que se enaltece o policial corajoso e honesto, é preciso punir verdadeiramente o criminoso, para marcar a diferença entre ambos. O policial se revolta ao proteger de linchamento o estuprador de uma criança ou ao levar para o hospital o bandido ferido que tentou matá-lo porque sabe que seu trabalho heroico e humanitário foi inútil: logo, esses bandidos serão postos na rua para cometer novos homicídios e estupros.
Mesmo o estuprador de uma criança ou o homicida que queima viva sua vítima têm direito a todas as regalias da legislação penal, travestidas de direitos humanos. Até criminosos que matam ou estupram mulheres gozam de benefícios absurdos, como a famigerada visita íntima. A Resolução CNPCP Nº 4, de 29 de junho de 2011, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, instituiu de vez a visita íntima como um direito do preso qualquer que seja a gravidade do seu crime. No seu artigo 4º, a resolução deixa claro que "a visita íntima não deve ser proibida ou suspensa a título de sanção disciplinar"; ou seja, mesmo se o preso promover rebeliões e mortes na cadeia, a visita íntima continuará sendo assegurada a ele como um direito sagrado, à custa da segurança da sociedade. É óbvio que a mulher que se presta a lhe servir de repasto sexual também há de lhe fazer outros favores associados diretamente ao crime, como passar recados para seus comparsas que estão fora das grades.
É por isso que quando uma patrulha da PM leva um criminoso ferido para o hospital, muitas vezes junto com um policial também ferido na troca de tiros, os policias que assim agem precisam ser tratados como heróis. É sua única recompensa. Não há salário que pague esse gesto. Não é fácil para nenhum ser humano salvar a vida de seu próprio algoz sabendo que aquele criminoso que tentou matá-lo não será punido como merece, pois, na cadeia, continuará comandando o crime, com direito a saídas temporárias, visitas íntimas e outras regalias. A legislação penal é tão moralmente hedionda que um dos assassinos do jornalista Tim Lopes, depois de preso, jogou água quente em sua companheira dentro da própria cela. E esse novo crime bárbaro só foi possível porque o Estado brasileiro – cúmplice contumaz de bandidos – garante a famigerada visita íntima até para um monstro dessa espécie.
Feministas contra a polícia
Mas, por incrível que pareça, até as feministas – que criticam violentamente a polícia – defendem as visitas íntimas para presos, consideradas uma extensão dos direitos humanos e classificadas como "direitos sexuais". Ora, direito sexual é como o direito de expressão: toda pessoa tem o direito de falar, mas não tem o direito de obrigar o outro a ouvi-la. O preso não pode ser impedido de sonhar com uma mulher ou até de satisfazer solitariamente sua libido. Mas isso não significa que ele tem o direito de manter relações sexuais dentro da cadeia, mesmo que seja com sua esposa. E a razão é simples: seu desejo sexual não pode ser posto acima da segurança da sociedade. É óbvio que, durante a visita íntima, não há meio de controlar o preso. Ele pode usar a visita – e sempre usa – para transmitir recados aos comparsas fora da cadeia, daí o comando que o cárcere continua tendo sobre o crime organizado. Praticamente todas as centrais telefônicas do PCC são administradas por mulheres de presidiários. E mulher de preso inevitavelmente o obedece, sob pena de ser morta.
O mesmo se dá com a alimentação do preso. Não deixar um latrocida morrer de fome e sede na cadeia é garantir-lhe um direito humano básico, mas permitir que ele escolha o cardápio, por meio de rebeliões, como ocorre com muita frequência nos presídios brasileiros, não passa de um abuso com o dinheiro de suas vítimas. Hoje, até o criminoso que queima sua vítima viva tem direito a remissão de pena não por dias trabalhados, por horas de estudo e, pasmem, até pela simples leitura de romances na cadeia. Ou seja, o que os acadêmicos chamam de "direitos humanos" são, na verdade, privilégios civis, que deveriam ser privativos do cidadão que respeita as leis e não do bandido que fere o contrato social e, por isso, tem de ser excluído da esfera da cidadania enquanto cumpre sua pena.
Hoje, a inversão de valores é tanta que, oficialmente, por meio das políticas públicas do governo federal, o policial militar se tornou o inimigo público número um, enquanto se concede ao criminoso o monopólio dos direitos humanos. A Resolução nº 8, de 21 de dezembro de 2012, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, sob o comando da ministra Maria do Rosário, estabelece em seu artigo 1º que, quando um bandido morre em confronto com a polícia, na descrição de sua morte nos registros oficiais não deve mais ser usada a expressão "resistência seguida de morte" e, sim, "homicídio decorrente de intervenção policial".
A alegação é que os policiais utilizam o chamado "auto de resistência" para esconder execuções. Ora, nos casos em que isso ocorre, não vai ser mudando as palavras que o crime deixará de ser praticado. Mais do que a nomenclatura, o que importa em qualquer crime é a investigação. E essa não deixará de ser feita caso um auto de resistência levante suspeitas, a não ser que as autoridades responsáveis pelo controle externo da polícia se omitam. Prova disso é que dezenas de policiais militares são expulsos da corporação em todo o País. Classificar esse tipo de ocorrência como "resistência seguida de morte" é uma questão de respeito com o policial. É um absurdo que, após uma troca de tiros com assaltantes de bancos armados de fuzil, o policial tenha de descrever a morte de um dos bandidos como "homicídio decorrente de intervenção policial".
Criminoso é "reeducando", policial é "homicida"
A sociedade honesta e trabalhadora, que não se acumplicia com bandidos, não pode aceitar essa calúnia legalizada contra a polícia, tachando previamente de "homicida" o policial que mata para proteger a sociedade, cumprindo seu dever constitucional. Se numa investigação sobre um auto de resistência ficar provado que não houve confronto, mas execução, então que o policial seja punido. O que não se pode aceitar é que o policial seja antecipadamente tachado de homicida mesmo quando é obrigado a matar para proteger vidas. Na prática, é essa a mancha que o policial terá de carregar em sua imagem, caso seja obrigado a registrar a morte de um bandido em confronto como "homicídio". Isso é ainda mais grave quando se compara o tratamento de "homicida" que querem dar ao policial com o tratamento de "reeducando" que a Justiça dá a latrocidas e estupradores nas cadeias.
Atentem para esta fórmula de inversão dos valores: policial que mata um sequestrador é "homicida", até que prove o contrário; já o sequestrador que mata o refém vira "reeducando" quando é preso e condenado pela Justiça. Como se pode notar, há uma completa inversão dos valores morais: o policial é culpado até que prove sua inocência; já o bandido é inocente como uma criança de escola ("reeducando"), justamente quando sua culpa foi provada e sentenciada nos tribunais. Esses fatos mostram que os acadêmicos que criticam a Polícia Militar não estão preocupados com a segurança da população honesta e trabalhadora – querem é atacar a sociedade capitalista, como se não fossem justamente os mais pobres os que mais perdem com o enfraquecimento da polícia? Os ricos podem contratar segurança privada. E os pobres? E a classe média? O que será deles sem a polícia?
A grande verdade é que a Polícia Militar não é necessariamente pior do que as demais instituições humanas. Convém relembrar uma máxima do economista Albert Hirschman não aproveitada na tese do tenente-coronel Paes de Souza: "Sob qualquer sistema econômico, social ou político, indivíduos, firmas e organizações, em geral estão sujeitas a falhas de eficiência, racionalidade, legalidade, ética ou outros tipos de comportamento funcional. Não importa quão bem estabelecidas as instituições básicas de uma sociedade; alguns agentes, ao tentarem assumir o comportamento que deles se espera, estão fadados ao fracasso, ainda que por razões acidentais de quaisquer tipos".
Ou seja, todas as demais instituições indispensáveis à Justiça, como o Judiciário, o Ministério Público, a OAB, a Polícia Federal e a Polícia Civil, para citar as principais, estão sujeitas a gravíssimas falhas por parte de seus membros. Um juiz que mata um inofensivo e desarmado vigilante de supermercado, como já ocorreu no Brasil, é infinitamente mais criminoso do que um policial desesperado, que, depois de escapar por pouco das balas de um assaltante, resolve terminar de matá-lo ao se dar conta de que ele está ferido. É errada essa atitude do policial? Sem dúvida. Mas é compreensível, tanto que a maioria da população, equivocadamente, a aprova. E a única forma de inibir essa justiça vicária feita com a própria farda é dar ao policial a certeza de que ele pode entregar o bandido aos tribunais, que a sociedade será vingada mesmo assim – sem visitas íntimas, sem saídas temporárias, sem indultos de Natal, sem celulares na prisão, sem regime semiaberto, sem remissão de pena e sem as demais regalias dadas ao criminoso.
É bom lembrar que leis mais duras serviriam inclusive para punir os maus policiais, que também existem, mas, hoje, acabam ingressando no crime organizado ao serem expulsos da corporação. Se os maus elementos de cada instituição humana fossem enforcados nas tripas dos maus elementos das outras, não sobrariam condenados nem tripas. A maldade humana está relativamente bem distribuída em todas as instituições. Por isso, é tolice creditar os problemas da segurança pública à Polícia Militar, como insistem em fazer os acadêmicos e até policiais influenciados por eles. Tortura, corrupção e truculência não são privativas da PM. E a injustiça com a PM é ainda mais grave quando se leva em conta o contexto em que a corporação atua – a miséria moral dos mais ferozes criminosos, que não têm o menor respeito pela vida humana. Por isso, é tolice achar que, desmilitarizando a PM, se resolvem todos os problemas da segurança pública. Mesmo se isso fosse verdade, seria um desatino desmilitarizar a polícia justamente quando os bandidos andam com fuzis nas ruas e transformaram até as cadeias em quartéis crime.

Fonte:


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Roleta Viciada é Golpe de Estado


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Antônio Ribas Paiva

O Estado é ente ficcional, instituído pelos povos para administrar a coisa pública e proteger as pessoas.

A estrutura administrativa do Estado é o limite de atuação dos governos, escolhidos para cumprir o que foi instituído pelos povos.

Qualquer personalismo, no trato da coisa pública é usurpação do Poder do Estado, que ilegitima os governantes, porque foram escolhidos para exercer o mandato em prol da Nação, nunca, objetivando interesses pessoais, como é regra no Brasil.

Para governar o seu Estado, os povos estabeleceram vários métodos de escolha, sempre objetivando “escolher o melhor entre iguais”. As monarquias, por exemplo, escolhem os chefes de estado via sucessão sanguínea e educam os futuros monarcas para o seu mister: cuidar da coisa pública.

As sociedades primitivas escolhiam os melhores guerreiros para governa-los e chefiar seus exércitos. Modernamente, nas repúblicas, e também nas monarquias parlamentaristas a seleção dos governantes é feita através de processos eleitorais, mas o objetivo primordial permanece: “a escolha dos melhores entre iguais”.

Qualquer mecanismo de escolha, que não se preste a escolher o melhor entre iguais, para governar, é ilegítimo, configurando GOLPE DE ESTADO.

Um GOLPE DE ESTADO pode ocorrer por levante popular, por intervenção militar, que remova um governo ou, “de GABINETE”, como é o caso dos vícios nos mecanismos eleitorais, que impeçam o exercício do direito de livre escolha do eleitor.

A Nação Brasileira, apesar de todos os seus esforços,  ainda não conseguiu estabelecer mecanismos adequados de escolha dos seus governantes.

Os governos militares, que pacificaram a sociedade e lançaram as bases para o Brasil potência, não aprimoraram as instituições, porque, não estabeleceram mecanismos de escolha confiáveis, para garantir a democracia. Inadvertidamente, delegaram essa missão fundamental para a classe política, que legislando em causa própria, deformou o processo eleitoral, para garantir seus interesses e eternizar-se no Poder do Estado.

Devido a essa ilegitimidade, o processo político eleitoral brasileiro, deixou de escolher os melhores entre iguais, tornando-se verdadeira “roleta viciada”, para atender, exclusivamente, aos interesses de poder da Classe Política, a qual se aproveitou da suposta redemocratização, para dar o GOLPE DE ESTADO no povo brasileiro, tomando de assalto a estrutura do Estado.

Esse Golpe escravizou o povo, criando a Casta dos Governantes, verdadeira monarquia do crime, que oprime a Nação, satisfazendo interesses próprios e do poder transnacional.

A classe política, matreiramente, fez crer ao povo, que este elegeria os governantes “diretamente”. Na verdade, todas as eleições são indiretas, porque os candidatos são previamente escolhidos pelos chefes partidários. O eleitor só escolhe dentre os que já foram escolhidos.

As eleições majoritárias são como páreos, em que “todos os cavalos são do mesmo dono”. É por isso, que Fernando Henrique salvou o mandato de Lula, no escândalo do mensalão. Por muito menos Fernando Collor foi cassado.

Foi essa “Roleta Viciada”, que “escolheu” Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma e corre-se o risco de “entronizar” Aécio Neves; políticos que, em hipótese alguma, são os “melhores entre iguais”, que o povo brasileiro poderia eleger.

Collor foi caçado pelos seus pares, para salvar o regime político deles. Fernando Henrique é o “Rei da Privataria”, que doou a Vale do Rio Doce, a Siderúrgica Nacional e a telefonia, para o poder transnacional. Lula é o senhor mensalão. Dilma é o “poste” eleito pelo padrinho, que não esclareceu a sua participação nas inúmeras irregularidades praticadas na gestão da Petrobras e, Aécio Neves, que Governou Minas, sem impedir o subfaturamento das exportações do Nióbio Mineiro, prejudicando Minas Gerais e o Brasil.

Por tudo isso, os segmentos esclarecidos da Nação, civis e militares, têm o dever de interromper o círculo vicioso de Golpes de Estado, praticados pela classe política, contra o bom povo do Brasil, através dos seus processos eleitorais viciados e, portanto, ilegítimos!

A Nação vive hoje e constrói a história do Brasil diariamente. Não há o que esperar. Resta impedir, urgentemente, o Golpe de Estado, consubstanciado nas eleições, dos que já foram eleitos!


Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos.

Fonte:http://www.alertatotal.net/http://www.alertatotal.net/