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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

NÃO SE PARECE EM NADA!!!!


Lula se compara a Lincoln e diz que seu sucesso incomoda

Lula se comparou a Lincoln. E isso tem a ver com o mensalão, acreditem. Leiam  que informa O Globo, por Silvia Amorim e Cassio Bruno. Comento em outro post.
Em discurso na festa de comemoração dos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou-se aos adversários políticos e disse nesta quarta-feira que eles se sentem incomodados com o sucesso alcançado por ele. Lula dedicou parte do pronunciamento a críticas à imprensa e chegou a comparar-se ao ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln.
“Nós sabemos o time que temos, sabemos o time dos adversários e sabemos o que eles estão querendo fazer conosco. Acho que a bronca que eles tinham de mim é o meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma. Eles não admitem que uma mulher que veio de onde ela veio dê certo porque a onda pega. Daqui a pouco qualquer um de vocês vai querer ser presidente da República”, afirmou Lula.
Um dos fundadores da CUT, o ex-presidente orientou a atual diretoria da entidade a organizar-se para obter maior visibilidade na imprensa. Nesse momento, Lula fez diversas criticas à mídia, mas sem mencionar especificamente veículos de comunicação.
“Essa gente nunca quis que eu ganhasse as eleições. Nunca quis que a Dilma ganhasse as eleições. Aliás, essa gente não gosta de gente progressista. Esse dia eu estava lendo, eu ando lendo muito agora, viu, Gilberto (Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência), o livro do Lincoln e fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim. E o coitado não tinha computador. Ele ia para o telégrafo esperando tic tic tic. Nós aqui podemos xingar o outro em tempo real. Quanto já estão tuitando aí? Eu estou naquela idade de parar de reclamar que aqueles que não gostam de mim não me dão espaço”, disse Lula.
O ex-presidente afirmou que não é preciso pedir favor a jornais. “Nós temos uma arma poderosa totalmente desorganizada e a gente não tem que ficar chorando porque não saiu no jornal tal. Não tem problema, a gente não tem que pedir favor. Pegue o espaço que temos e faça com que ele seja bem utilizado. Esse país teve formadores de opinião pública que era contra as Diretas Já. Só foram para a rua quando tinha 300 mil pessoas na praça da Sé. Essa gente não era contra a derrubada do Collor. Só foram para a rua quando a gente já estava na rua”, completou o ex-presidente.
Para Lula, a imprensa somente noticia quando o assunto é ruim para o governo. “Quantas vezes vocês fazem passeata em Brasília e não aparece (na mídia)? Se for contra o governo, aí vai aparecer na televisão e, se alguém xingar o governo, vai aparecer mais ainda (…) Nos anos 80 qualquer imbecil se achava formador de opinião pública. Falava meia dúzia de bobagens na televisão e já achava que mudou o mundo. Nunca disseram que o presidente da CUT era formador de opinião e nós mudamos esse conceito porque, apesar de a gente reclamar e do que, às vezes, fazem com a gente, eu não vivo reclamando do espaço que eles não me dão. Eu agora estou querendo saber o que falta eu fazer para ter o espaço que eu quero independente deles”, afirmou o ex-presidente.
Condenado no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares esteve no evento.Na tarde desta quarta-feira, já no Rio de Janeiro, o ex-presidente se reuniu, em um hotel de Copacabana, na Zona Sul, com a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Ao chegar no local, a parlamentar reafirmou o posicionamento do PT em lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado do Rio de Janeiro.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Fonte:http://veja.abril.com.br

AÍ TEM !!!!


TCU investiga rombo de U$ 1 bilhão na Petrobras. Petistas pagaram dez vezes o que valia uma refinaria nos EUA

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O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.

O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição. A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
 
O processo está tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório). Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de responsáveis, será julgado em plenário.
 
O processo foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez vezes menos.
 
As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma representação de ordem criminal. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor inicial da empresa.
 
A refinaria é um dos ativos que a Petrobrás pretendia vender no exterior de forma a angariar recursos para o pré-sal brasileiro. A venda está temporariamente suspensa. No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente à refinaria, portanto valor que já reconhece como perdido. A companhia agora pretende investir na unidade para melhorar seu preço de mercado antes de retomar as negociações, segundo a presidente Graça Foster informou na coletiva de divulgação do balanço. "Não vamos vender Pasadena ao preço que está", disse ela. (Estadão)

O VENDEDOR FICOU RINDO ATOA...

Compra bilionária da Petrobrás vai ao TCU

Ministério Público apresenta representação no caso da refinaria de Pasadena, nos EUA

26 de fevereiro de 2013 | 21h 53
 
 
Sabrina Valle, de O Estado de S. Paulo
 
RIO - O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.
O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição.
A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
O processo está tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório).
Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de responsáveis, será julgado em plenário.
Triangulação. O processo foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez vezes menos.
As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma representação de ordem criminal. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor inicial da empresa.
A refinaria é um dos ativos que a Petrobrás pretendia vender no exterior de forma a angariar recursos para o pré-sal brasileiro. A venda está temporariamente suspensa.
No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente à refinaria, portanto valor que já reconhece como perdido. A companhia agora pretende investir na unidade para melhorar seu preço de mercado antes de retomar as negociações, segundo a presidente Graça Foster informou na coletiva de divulgação do balanço. "Não vamos vender Pasadena ao preço que está", disse ela. / COLABOROU FÁBIO FABRINI

Fontehttp://economia.estadao.com.br/noticias/negocios%20industria,compra-

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

É MUITA MALA PARA MUITOS MALAS...


Pedagogia da corrupção: Chalita envolvido com "malas de dinheiro".



O analista Roberto Leandro Grobman, 41, afirmou em entrevista à Folha ter presenciado a chegada de malas de dinheiro ao apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. As malas, diz ele, foram levadas ao apartamento pela advogada Marcia Alvim, uma das principais assessoras de Chalita. Na época, Grobman mantinha relacionamento com ela. "Vi Marcia trazendo malas de dinheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava."

A Folha revelou no sábado que o Ministério Público instaurou 11 inquéritos para investigar Chalita por enriquecimento ilícito, corrupção e fraude em licitação a partir de depoimentos de Grobman. Ele diz que era assessor informal de Chalita na secretaria, com telefone, e-mail e cartão do Estado. Apresentou fotos de viagem oficial que fez com Chalita e Marcia a Paris, para evento da Unesco.

O início
Montei a empresa Interactive com Nilson Curti, superintendente do COC [grupo educacional privado], em 1999. Em 2003, fui apresentado por Chaim Zaher [ex-dono do grupo COC] a Chalita. Fui trabalhar na secretaria e tinha sala, e-mail e cartão do governo.

Estratégia
Chaim colocou pessoas de sua confiança em cargos estratégicos. O Milton Dias Leme, na diretoria da Fundação para o Desenvolvimento da Educação [FDE], o Farid Mauad, diretor da COC, no Conselho Estadual da Educação, e eu na secretaria. Era para a gente direcionar contratos do governo com o COC.

Assessor informal
Como domino várias línguas, passei a acompanhar Chalita ao exterior. A gente acordava cedo, corria e fazia ginástica, compras. Como conheço informática, fui incumbido por ele de cuidar da automação da cobertura em Higienópolis.

O custo
Nilson Curti um dia comentou comigo que o "custo Chalita" já era de R$ 11,6 milhões. Era a despesa do Chaim com ele. Curti cuidava de toda a parte financeira. Mas a Interactive era uma empresa de caixa dois, para operação política.

As malas
Eu ficava no apartamento de Higienópolis acompanhando a reforma. Vi a Marcia Alvim trazendo malas de dinheiro, eram malas de propagandista, de couro, grandes, grossas. Ficavam guardadas no armário espelhado em frente ao banheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava, pagava o estúdio do programa de TV. Também levavam o dinheiro na sala do Paulo Barbosa [braço direito de Chalita, adjunto na época] na secretaria. Ele guardava num cofre verde do lado esquerdo da mesa.

O rompimento
Ele já tinha feito toda a reforma no apartamento [em Higienópolis] com dinheiro do empresariado. Eu fazia vista grossa, mas aí a Márcia me falou que ele tinha comprado o apartamento no Rio. Foi o que me fez brigar com ele. Eu fui falar que não era ético e ele respondeu que a ética é relativa, que podia provar isso para mim pela semiótica, que eu deveria calar a boca. Me senti humilhado.

As ameaças
Quando disse ao Chaim que havia procurado o Ministério Público, ele começou a me ameaçar, disse que sabia onde meus filhos moram, que o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] era funcionário dele, dava aula na EPD [Escola Paulista de Direito] e ele tinha a PF na mão. Mas não vou me calar. Acredito na cidadania.

A compra de livros
O COC comprou 34 mil livros da "Pedagogia do Amor" [de autoria do ex-secretário]. Os livros eram uma moeda de troca do Chalita. Colocamos tudo na minha sala e na sala do Chaim num escritório de operações do Chaim e do Chalita. Havia 34 mil livros e eu tinha medo que a estrutura do prédio não aguentasse. Fui até perguntar para o zelador. Falei que precisava tirar de lá, e quem tirou foi o motorista do Chaim.




Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

AUTORITARISMO/TOTALITARISMO É META DO PT


 Cheiro de autoritarismo


25 de fevereiro de 2013
Editorial\
Ao eleger a "grande imprensa" como inimigo, a direção do Partido dos Trabalhadores mostra dificuldade em aceitar o pluralismo e a liberdade de expressão como elementos intrínsecos da democracia.

As manifestações agressivas contra a presença da blogueira cubana Yoani Sánchez no país, a intromissão dos embaixadores da Venezuela e de Cuba em assuntos estritamente brasileiros e o virulento ataque de lideranças do PT à imprensa no recente encontro do partido são sinais claros, evidentes e preocupantes da reativação de um radicalismo autoritário que parecia fazer parte do passado no Brasil. Pelo jeito, estava apenas adormecido. Por conta da visão exacerbada desta militância anacrônica e de seus representantes no parlamento, até mesmo uma entrevista da dissidente cubana esteve para ser censurada na TV Senado, só indo ao ar por interferência direta do senador Eduardo Suplicy, que vem dando exemplos de sensatez e moderação em meio ao comportamento extremista de seus correligionários.
Se a iniciativa de impôr ideias e ideologias no grito e no constrangimento partisse apenas de extremistas políticos, poderia ser creditada à normalidade democrática. Num regime de liberdades, todos têm o direito de se manifestar. O preocupante é a constatação de que lideranças políticas do partido que está no poder também comungam deste pensamento único, discricionário e excludente. Foi o que se viu na reunião da cúpula petista na semana passada, em São Paulo, para celebrar o aniversário da sigla e os 10 anos no comando do país. O evento marcou o lançamento da candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, mas também foi utilizado pelas principais lideranças da sigla para fustigar a oposição e para ataques à imprensa, especialmente aos veículos de comunicação que atuam com independência e criticam o governo.
Ao eleger a "grande imprensa" como inimigo, a direção do Partido dos Trabalhadores, respaldada pelo ex-presidente Lula, mostra dificuldade em aceitar o pluralismo e a liberdade de expressão como elementos intrínsecos da democracia. No ambiente de corporativismo partidário do encontro da última quarta-feira, que contou inclusive com a presença de petistas condenados no processo do mensalão, até mesmo a presidente Dilma Roussef deixou de lado sua histórica posição de apoio à liberdade de imprensa ("O único controle da mídia que eu proponho é o controle remoto na mão do telespectador") para se alinhar ao coro dos insatisfeitos.
Esse clima de patrulhamento, conjugado ao início antecipado da campanha eleitoral para 2014, gera uma situação preocupante para o país, pois tende a legitimar as ações de grupos radicais que não respeitam quem pensa diferente. No momento em que o Brasil registra significativos avanços sociais e se prepara para encarar os desafios do desenvolvimento, seria de todo indesejável um retrocesso nas liberdades democráticas duramente conquistadas e defendidas pela maioria dos brasileiros.


Fonte:http://wp.clicrbs.com.br

AS PESSOAS TEM QUE PROTESTAR...É DIREITO


 A voz da rede


26 de fevereiro de 2013
Editorial\
O importante é que as manifestações por honestidade e transparência na política sejam percebidas pelos governantes e pelos parlamentares escolhidos democraticamente para representar os autores dessas mensagens.

Parcela expressiva da população brasileira não aceita o senhor Renan Calheiros como presidente do Senado, cargo para o qual foi eleito por seus pares pela terceira vez no início deste mês. Pessoas que discordam desta escolha, por julgar que o senador alagoano não tem condições morais para comandar o Congresso Nacional, participaram de uma mobilização nas redes sociais e tentaram levá-la às ruas no último final de semana. Embora tenham ocorrido atos de protesto em 33 cidades brasileiras e até no Exterior, a presença de público foi infinitamente inferior ao 1,6 milhão de assinaturas recolhidas na petição virtual encaminhada ao Senado com o propósito de dar início a um processo de cassação. Na prática, o manifesto eletrônico não tem qualquer base legal para uma análise do Conselho de Ética e os protestos de rua foram pouco significativos para convencer os parlamentares a revisar a decisão.
Fica, porém, uma mensagem clara: os cidadãos brasileiros, armados pelas novas ferramentas tecnológicas e estimulados pelo recente julgamento do mensalão, não estão mais dispostos a tolerar a política do jeitinho, das articulações pouco transparentes e do uso da função pública em benefício próprio. A reação contra Renan Calheiros não é gratuita. Em 2007, ele renunciou à presidência do Senado para não ser cassado após a revelação de relações suspeitas com uma empreiteira, que pagava a pensão de sua filha. Desde então, embora tenha mantido o mandato por decisão de seus pares, Renan Calheiros passou a contar com severa oposição, o que, num ambiente de total domínio da base governista, que ele integra, não impediu sua reeleição para a presidência da Casa.
Lá, ao que tudo indica, ele vai ficar até o final do seu mandato de dois anos _ a não ser que fatos novos determinem uma mudança de rumo. Para atenuar a reação contrária, Renan Calheiros anunciou na semana passada que implementará no comando do Congresso uma administração baseada em quatro pontos principais: austeridade, transparência, racionalização de gastos e defesa intransigente da liberdade de expressão. Resta conferir se as bondades anunciadas resultarão em ações efetivas.
Quanto à liberdade de expressão, é bom que o senador alagoano e os políticos brasileiros em geral passem a considerar também a voz dos internautas, pois essa é uma manifestação inequívoca do pensamento dos cidadãos com acesso aos computadores. Ainda que no caso referido a correspondência entre uma e outra tenha sido decepcionante, a voz da rede pode, sim, se transformar em voz das ruas, como já ocorreu em outras situações e em outros países. Independentemente do seu formato, porém, o importante é que as manifestações por honestidade e transparência na política sejam percebidas pelos governantes e pelos parlamentares escolhidos democraticamente para representar os autores dessas mensagens, sejam eles o contestado senador ou outros que lhe dão sustentação.


Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/

PT DÁ EMPREGO LA FORA...AVIÃO DE LULA FOI ASSIM...


Indústria naval corre risco de criar menos empregos

Indústria naval corre risco de criar menos empregos Arquivo Pessoal/Arquivo Pessoal

Atraso leva Petrobras a transferir parte de obras para China e ANP avalia, em março, reduzir exigência de fabricação nacional

No Estaleiro Rio Grande, estão sendo construídos cascos que serão usados na extração de petróleo
Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Joana Colussi e Rafael Diverio
joana.colussi@zerohora.com.br e rafael.diverio@zerohora.com.br

A estratégia da Petrobras de transferir à China parte das obras de pelo menos quatro plataformas de petróleo, em razão de atrasos nos estaleiros de Rio Grande e de Inhaúma (RJ), reforça a possibilidade de mudanças nas regras de conteúdo nacional – criando incertezas quanto à manutenção e criação de novos empregos no setor naval brasileiro. Embora o governo afirme que irá manter os percentuais atuais, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) abriu consulta pública para discutir o tema a partir de março.

Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobras reconhece que houve mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade nos dois estaleiros. Porém, afirma que a transferência não irá implicar descumprimento das regras de conteúdo local de até 70%. Conforme a petroleira, os serviços a serem realizados na China representam menos de 3% do valor total dos contratos, não cogitando alterar os percentuais mínimos de fabricação no país.

Enquanto isso, a ANP abriu consulta pública para receber sugestões visando a alterar a redação da Resolução 36/2007, que estabelece as regras de conteúdo local. A audiência está marcada para 5 de março, no escritório da agência, no Rio de Janeiro.

– Se o objetivo de criar empresas competitivas não está sendo atingido, é preciso rever as regras de conteúdo. A Petrobras não pode ser penalizada pela falta de eficiência, até porque já está com problemas de caixa – afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A discussão em torno da eventual mudança dos critérios preocupa a indústria nacional. O temor é de que os investimentos milionários em mão de obra no setor naval se percam em médio prazo – à medida que os estaleiros brasileiros forem concluindo suas obras.

– Agora talvez não haja nenhum reflexo. Mas em dois ou três anos poderão haver demissões no setor – avalia o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cláudio Makarovsky.

Além da redução de empregos, a transferência da produção poderá beneficiar fornecedores chineses, que estarão próximos das obras. Para o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, a decisão da estatal não pode levar o país a perder a oportunidade de estimular o desenvolvimento tecnológico nacional.

– Temos capacidade de acelerar o processo aqui dentro. O governo tem o dever de gerar empregos e tecnologia no país, dando incentivos diferenciados a empresas de capital nacional, sem participação estrangeira – aponta Siqueira.

Engevix diz que mantém investimentos no Estado

A confirmação da utilização do estaleiro Cosco, na China, para construir parte do casco da plataforma P-67, não mudará os investimentos na indústria naval gaúcha, afirmam a Ecovix, braço da Engevix para construções oceânicas, e a Petrobras. As duas empresas garantiram que continuarão apostando no Estado e apontam para um "crescimento na curva de contratações" para os próximos meses.

Em nota, a Engevix confirmou a continuação dos investimentos e anunciou a "finalização da instalação do maior guindaste tipo pórtico no mundo" para março. O texto informa ainda que a Cosco já é subcontratada para esse trabalho desde o início e sempre foi considerada como opção para finalizar o serviço.

Não foi confirmado o tamanho do atraso na execução dos oito cascos replicantes feitos no dique seco do Estaleiro Rio Grande. Mas a própria Ecovix diz ser "natural considerar alternativas para o planejamento das obras e trabalhar com diferentes parceiros".

A estatal adota a mesma linha. Em nota, afirma que "vem investindo fortemente nas obras de construção do ERG (Estaleiro Rio Grande)" e "o índice de conteúdo local contratado é imutável e a Petrobras não cogita alterá-lo".

A rigor, a própria utilização do estaleiro já começou atrasada. A construção do casco da P-55, realizada em Pernambuco, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), demorou um ano a mais do que o previsto para ficar pronto. Quando chegou, passou a ocupar justamente o mesmo espaço onde os cascos deveriam ser construídos.

Entre os entraves, a mão de obra é um dos mais preocupantes. Empresas do polo naval de Rio Grande apelam para anúncios na imprensa e importação de funcionários. E não são apenas para as funções mais pesadas da obra, como pedreiros, soldadores simples, montadores de andaime. Faltam também engenheiros e técnicos.

Prós e contras

Desde 1999, no governo Fernando Henrique, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) exige que parte dos equipamentos usados na exploração e na produção de petróleo seja fabricada no Brasil, regra conhecida como "conteúdo nacional".

No governo Lula, foi aumentada a exigência, que hoje varia de 10% a 80%, conforme o equipamento. Para plataformas, o mínimo exigido é de 65%.

No início deste ano, a Petrobras transferiu para o Exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas de exploração do pré-sal.

A decisão teria sido motivada pelo atraso na construção dos cascos nos estaleiros de Inhaúma (RJ) e Rio Grande, no sul do Estado.

Uma parte do processo (troca de chapa), intensiva em mão de obra, será transferida para o estaleiro de Cosco, em Dalian, na China.

Será feita na China uma parcela da conversão de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) e de estruturas do casco de uma plataforma replicante (P-67), prevista para Rio Grande.

Embora a Petrobras afirme que a estratégia não implica descumprimento de regras de conteúdo local, a ANP abriu em janeiro consulta pública para discutir novos critérios.

Assim como existem analistas que criticam o excesso de conteúdo nacional, que atrasa e encarece os projetos, fabricantes brasileiros defendem o fortalecimento da indústria naval e a geração de vagas no país.


Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CUBANOS SOFREM CALADOS!!!


Yoani Sánchez para o site de VEJA: ‘Tentam me calar porque divulgo a Cuba real’

BRANCA NUNES E DUDA TEIXEIRA

“Solidariedade, pluralidade e, principalmente, o desejo de voltar”. Apesar das manifestações hostis de um grupo de simpatizantes da ditadura dos irmãos Castro que enfrentou na passagem pelo Brasil, a frase resume a lembrança que Yoani Sánchez levará do país. O recado aos baderneiros ligados a partidos de esquerda é igualmente conciso: ela sugere que morem em Cuba para conhecer a “realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade e impossibilidade de se manifestar na rua”.

Com os intermináveis cabelos castanhos presos num rabo de cavalo, saboreando uma pastilha para aliviar a rouquidão e com a expressão serena de quem efetivamente acredita no que diz, a jornalista cubana relatou nesta sexta-feira à reportagem de VEJA um pouco do cotidiano dos moradores da ilha no Caribe. Leia trechos da entrevista.

Como a senhora viu as manifestações hostis dos últimos dias? Por um lado me sinto feliz por estar num país onde existe liberdade democrática e pluralidade. O problema é quando essas manifestações impedem e boicotam algo tão pacífico quanto a apresentação de um documentário ou uma sessão de autógrafos. Acho contraditório usar um espaço democrático para impedir que alguém se expresse livremente.

A senhora ficou amedrontada? Não, porque conheço esses métodos do meu país: a coação e a difamação. Infelizmente, nos últimos anos vivi situações semelhantes em Havana e outras cidades.

Eles conhecem a realidade cubana? Lamentavelmente, a maioria não conhece meu país, minha história ou meus textos. Eles acreditam numa Cuba estereotipada, uma ilha de esperança, com liberdade para todos. Cuba não vive um comunismo, mas um capitalismo de estado. Recomendaria que cada um deles morasse um tempo em Cuba para viver na pele a realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade, impossibilidade de se manifestar na rua. Depois desse tempo, duvido que continuem a defender o governo cubano. Tentam me calar porque divulgo uma Cuba menos parecida com o discurso político e mais parecida com a rua. Uma Cuba real.

Que Cuba é essa? Uma Cuba linda, mas difícil. É importante diferenciar Cuba de um partido, de uma ideologia, de um homem. Ela é muito mais do que isso. É um país onde as pessoas precisam esconder suas opiniões com medo de represálias, onde muitos jovens querem emigrar por falta de expectativa, onde o estado tenta controlar todos os detalhes da vida. Onde colocar um prato de comida em cima da mesa significa submergir-se diariamente à ilegalidade para conseguir dinheiro.

Muitas pessoas de vários países costumam elogiar o sistema de saúde e o sistema educacional de Cuba. Esses elogios são pertinentes? Nos anos 70 e 80, Cuba viveu o florescimento de toda a estrutura de saúde e educação. Foram construídas escolas e postos de saúde em toda parte graças aos subsídios soviéticos. Quando a União Soviética caiu, Cuba teve que voltar à realidade econômica. Os professores imigraram por causa dos baixos salários, a qualidade diminuiu e a doutrina aumentou. Exatamente como na área da saúde. Hoje, quando um cubano vai a um hospital, leva um presente para o médico. É um acordo informal para que o atendam bem e rápido. Levam também desinfetante, agulha, algodão, linha para as suturas. O governo usa a existência de um sistema gratuito de saúde e educação para emudecer os críticos, silenciar a população. Não passo todos os dias doente ou aprendendo, quero ler outros jornais, viajar livremente, eleger meu presidente, poder me manifestar, protestar.

Como funciona o sistema de aposentadoria em Cuba? Esse é um dos setores mais pobres. Um aposentado ganha cerca de 15 dólares conversíveis por mês. Como a maioria dos cubanos não vive do salário, mas do que pode roubar do estado dentro do local de trabalho, quando se aposenta ele perde essa fonte de renda. Em Havana é possível ver muitos velhos vendendo cigarros nas ruas.

Que tipo de racionamento existe em Cuba e como ele funciona? Cada cubano tem direito a uma cota mensal de alimento com preços subvencionados pelo estado. Estudos dizem é possível se alimentar razoavelmente bem por duas semanas com essa cota. Nela existe arroz, açúcar – que por sinal é brasileiro –, um pouco de café, azeite e, às vezes, frango. Para sobreviver a outra metade do mês os cubanos precisam ter os pesos conversíveis. O salário médio na ilha é de 20 dólares. Um litro de leite custa 1,80 dólares. Por isso, as pessoas apelam para a ilegalidade: roubam do estado e vendem no mercado negro, prostituem-se, exercem atividades ilegais, como dirigir taxis ou vender produtos para os turistas. Graças a isso e às remessas enviadas pelos cubanos exilados é possível sobreviver. Uma revolução que rechaçou esses exilados agora depende deles.

A senhora disse que os gritos de ordem dos manifestantes brasileiros já não se escutam mais em Cuba. Qual lhe surpreendeu mais? “Cuba sim, ianques não”, por exemplo. É uma expressão fora de moda. Em Cuba não usamos mais a palavra ianque para os americanos. Ela é usada apenas nos slogans políticos. Falamos yuma, que não pejorativo. Ao contrário, mostra um certo encanto em relação a eles. A propaganda oficial, de ataques aos Estados Unidos e ao imperialismo, criou um sentimento contrário ao esperado. A maioria dos jovens hoje é fascinada pelos americanos. Até acho ruim esse enaltecimento por outro país, mas é uma realidade.

O que os cubanos nascidos depois da revolução acham de figuras como Fidel Castro e Fulgêncio Batista? Nasci em 1975, quando tudo já estava burocraticamente organizado. Na escola, apresentavam Fidel como o pai da pátria. Era ele quem decidia quantas casas seriam construídas, o que iríamos vestir. Na juventude, Fidel passou a ser uma figura distante. Diferente dos nossos pais, que viveram uma fascinação pela figura de Fidel, minha geração é mais crítica. O Fulgêncio Batista era o ditador anterior. A revolução tirou um ditador do poder e se converteu em uma ditadura.

As gerações mais antigas continuam fiéis à revolução? Existem os que creem realmente na revolução, sem máscaras nem oportunismo, um pequeno grupo. Os que já não creem, mas não querem aceitar que se equivocaram, porque entregaram a ela seus melhores anos, e aqueles que deixaram de acreditar no sistema e se transformaram em pessoas críticas.

Em 2007, o governo brasileiro deportou os boxeadores cubanos Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que tentavam o exílio na Alemanha. Qual sua opinião sobre isso? O governo brasileiro teve um triste papel neste caso, de cumplicidade. Quando os atletas retornaram, o governo cubano fez um linchamento público na imprensa oficial, com vários insultos. Fidel Castro falou na televisão que um deles foi visto com uma prostituta na praia. Os filhos e a mulher desse homem foram expostos a isso. Foi um episódio bastante lamentável.

Por que a ditadura cubana ainda tolera suas críticas? Penso que a visibilidade que alcancei me protege. Sou vigiada constantemente, meu telefone é grampeado e existe uma série de mecanismos e estratégias para matar a minha imagem. Se não podem matar a pessoa, matam sua imagem.

A senhora é frequentemente acusada de receber dinheiro de governos contrários a Cuba para manter seu blog. Qual a origem desses rumores? Faz parte da estratégia de difamação: não discutir as ideias, mas a pessoa. Para ter um blog é preciso muito pouco dinheiro. O meu está num software livre, o wordpress, e fica hospedado num servidor da Alemanha que custa 36 euros por ano. Em 2006, um amigo alemão pagou vários anos a esse servidor. Quanto à conexão, aprendi alguns truques. Por exemplo, vou a um hotel e compro um cartão de conexão que custa 6 dólares a hora. Como preparo quatro ou cinco textos em casa, programo para que sejam publicados em dias diferentes. Com esse método, consigo me conectar mais de cinco vezes com um único cartão. No twitter, publico via mensagem de texto.

Que lembranças levará do Brasil? Muita solidariedade, pluralidade e, principalmente, o desejo de voltar. O pão de queijo também me encantou. Vou levar uma mala cheia deles para Cuba

Fonte:http://veja.abril.com.br/

O CONSPIRADOR GOSTA DE APARECER!!


Dirceu, o exótico, agora quer ser revisor dos votos dos ministros do Supremo

Em seu esforço de rotina para carimbar no processo do mensalão a pecha de julgamento de exceção, a defesa de José Dirceu veio a público com aquela que deve ser a mais exótica de todas as teses desde o início do, digamos assim, certame: quer ter acesso antecipado aos votos dos ministros antes da publicação do acórdão! Ulalá! A defesa de Dirceu quer se comportar como corte revisora do STF, que, por óbvio, é quem avalia a defesa de Dirceu, não o contrário.

Justificativa para isso? Ah, é que, diz, o processo tem características muito próprias. Bem, tudo o que há no mundo repete os de sua natureza, mas também só é em sua PRÓPRIA NATUREZA. Ou por outra: o que repete faz a tradição. Ou a gente viveria no Dia da Marmota.

Leiam o que informa Márcio Falcão, na Folha:
Condenado a quase 11 anos de prisão, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso aos votos dos ministros no julgamento do mensalão antes da publicação do acórdão, que traz o resultado do julgamento e abre o prazo para a apresentação de recursos por parte dos advogados.

A defesa de Dirceu argumenta que a medida se justifica diante da “excepcional dimensão” e a “complexidade do julgamento”, além da exiguidade do prazo para a entrega de recursos. Segundo os advogados, a antecipação se justifica porque Barbosa já teria esticado o prazo para as chamadas “alegações finais”, entregues antes do início do julgamento pelo plenário do STF, no ano passado.

A defesa sustenta que as particularidades foram reconhecidas pelo próprio Barbosa, que citou o “elevado número de réus, inúmeros fatos a eles imputados e grande volume de provas” para alongar o período de apresentação das alegações finais. A publicação do acórdão é prevista para 1º de abril. Após essa divulgação, os advogados dos 25 condenados terão cinco dias para apresentar recursos questionando eventuais contradições e omissões nos votos dos ministros. Agora, os ministros trabalham na redação final de seus votos, revisando o material. Na semana passada, o relator do caso e presidente do STF, Joaquim Barbosa, enviou um ofício informando aos demais ministros que já concluiu sua parte para a produção do acórdão. Barbosa, além de ter revisto seu voto, finalizou a chamada ementa, que traz o resumo do julgamento. O documento tem seis páginas e traz as principais teses fixadas no processo.
(…)

Por Reinaldo Azevedo


Fonte:http://veja.abril.com.br/

MENTIRAS REPETIDAS...VIRAM VERDADE


25/02/2013 às 18:17
Com quantas mentiras se faz uma “Comissão da Verdade”?

Ai, ai… Lá vamos nós. Se alguém tem de dizer certas coisas, por que não eu? É o que me pergunto amiúde, cumprindo, sempre que o tempo permite, a minha sina… A dita Comissão da Verdade segue procedendo de fato, mas não de direito, a uma revisão da Lei da Anistia. Ainda que suas “descobertas” não possam ter consequências penais, é evidente que se tenta um caminho alternativo para que, na prática, se apliquem punições. Faço um parêntese longo, em negrito, antes que siga.

Em sua passagem pelo Brasil, a blogueira cubana Yoani Sánchez visitou, em companhia do governador Geraldo Alckmin, o “Memorial da Resistência”. O que é ele? Reproduzo o primeiro parágrafo do texto de apresentação, que está em sua página na Internet:
“O Memorial da Resistência de São Paulo, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo por meio de sua Secretaria da Cultura, é uma instituição dedicada à preservação de referências das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano (1889 à atualidade) por meio da musealização de parte do edifício que foi sede, durante o período de 1940 a 1983, do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP, uma das polícias políticas mais truculentas do país, principalmente durante o regime militar. “

Iniciativa louvável. Ali também se conta a história da “resistência” daqueles que comungavam dos ideais dos Irmãos Castro, em Cuba, que são os mesmos daquela corja que vaiava Yoani no Brasil, impedindo-a de falar. Alguém teve o bom senso de perguntar à cubana se ela esperava ter em Cuba, algum dia, algo parecido com uma “Comissão da Verdade” para contar a história da ditadura comunista. Ela se mostrou incrédula. Parte da “resistência” era, como se sabe, luta para instaurar um regime comunista no Brasil. Se essa “luta” não tivesse ido parar no museu, poderia ser história ativa, com a consequência conhecida quando comunistas chegavam ao poder: milhares de mortos; com frequência, milhões! E, como se sabe, não haveria museu.

Corolário: ao longo da história, quando os comunistas venceram, apagaram qualquer memória virtuosa daqueles que os combateram. Quando perderam, como no Brasil, dão um jeito de se transformar em heróis. Nota para não dar margem a entendimentos enviesados: o museu também traz farto material sobre a luta pacífica contra o regime. Democratas combateram a ditadura, e foram eles que a venceram, não os comunistas. Segunda nota: não há justificativa moral plausível para torturar ou matar pessoas já subjugadas.

Fim do parêntese
Vamos voltar. Já sabemos, então, que “Comissão da Verdade” é, na prática, um comitê instaurado pelas esquerdas para glorificar-se, demonizar os inimigos e transformar seus próprios defeitos em virtudes. E ISSO NÃO QUER DIZER QUE O REGIME MILITAR NÃO TENHA COMETIDO VIOLÊNCIAS. COMETEU! MAS ME PERGUNTO ONDE ESTÃO AS COMISSÕES DA VERDADE DOS PAÍSES QUE SAÍRAM DO SOCIALISMO, O REGIME MAIS HOMICIDA JAMAIS CONHECIDO PELO HOMEM.

Muito bem. Leiam agora trechos do que vai no Globo. Volto em seguida.
Por Evandro Éboli:
Em reunião na manhã desta segunda-feira, a Comissão da Verdade revelou que já identificou “várias dezenas” de integrantes da repressão. São militares, policiais e até civis que atuaram durante a ditadura. Segundo a comissão, algumas dessas pessoas já foram ouvidas e outras ainda serão, inclusive por meio de convocação. Quem se recusar a comparecer pode ser processado por desobediência. Até agora já foram realizadas 40 oitivas pela comissão da verdade.
No encontro com representantes de comitês da verdade dos estados, os integrantes da comissão nacional fizeram relatos sobre o andamento dos trabalhos. Durante a apresentação do grupo que trata da estrutura da repressão, o assessor que fez a explanação, Guaracy Mingardi, falou sobre os membros da repressão.
“Já identificamos várias dúzias, não foram duas ou três, de membros da repressão. Com nome, RG e endereço”, disse Mingardi, que assessora o grupo coordenado por José Paulo Cavalcante, um dos integrantes da comissão.

Em sua explanação durante a reunião, a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, ex-advogada da presidente Dilma Rousseff e coordenadora do grupo “Golpe Civil Militar de 1964” da comissão, afirmou que os primeiros levantamentos sugerem que cerca de 50 mil pessoas foram presas em 1964, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco.
(…)
“O uso dessa violência permitiu ao regime militar construir o estatuto de um Estado sem limite repressivo. Com três consequências: inoculou a tortura como forma de interrogatório nos quarteis militares, a partir de 1964; fez da tortura força motriz da repressão praticada pelo Estado brasileiro até pelo menos 1976; possibilitou ao estado executar atos considerados inéditos em nossa história política: a materialização de atos de tortura, assassinato, desaparecimento e sequestro”, disse Rosa.

Voltei
Se a fala de Rosa Maria é essa mesmo, infelizmente, ela está falando uma mentira. Se realmente disse isso, está esmagando os fatos com a ideologia. O Estado Novo getulista tinha recorrido rigorosamente a esses métodos antes da ditadura militar. “Ah, isso importa?” Deve importar, não é?, ou ela não teria dito tal bobagem.

Está em curso há tempos uma fantasia estúpida, segundo a qual a tortura a presos comuns nas cadeias também é herança do regime militar, da ditadura de 1964. Não é, não! Basta ler “Memórias do Cárcere”, de Graciliano Ramos. o Estado Novo torturou e matou com método e determinação. Ocorre que Getúlio virou depois herói de amplos setores das esquerdas. A Comissão da Verdade, tudo indica, inventará a mentira adicional de que a tortura começou a ser aplicada no Brasil pelo regime instituído em 1964…

Por Reinaldo Azevedo

Fonte:http://veja.abril.com.br

O SILENCIO É ASSUSTADOR!!!


 Prisioneiros da Covardia‏


Por Waldo Luís Viana*

"Não temos a mídia, mas temos o amigo para substituí-la." General Torres Mello - Grupo Guararapes

Outro dia zapeava, despreocupado, a TV a cabo, aqui em Teresópolis, quando me deparei com o canal 21, universitário, se não me engano. Lá havia horário cedido ao Instituto Militar de Engenharia – IME. Logo parei, esperando assistir alguma coisa importante sobre as Forças Armadas ou sobre nossa política militar. Qual não foi minha surpresa, mas se apresentava um conjunto de pagode, com mulher no cavaquinho. Aliás muito afinada!

Desafinado ou deslocado era o programa, em forma e fundo. Que estaria fazendo o bom samba em horário do IME? E pensar que houve uma ditadura militar, com uma outra ditadura da Rede Globo por dentro, e os militares não tiraram nem uma lasquinha televisiva de tudo isso!

Terminou o regime militar (1985) e Exército, Marinha e Aeronáutica não receberam para si nenhum canal de comunicação privativo para externar as próprias idéias à sociedade civil, sedenta de curiosidade para saber o que fazem.

Os militares ficam hoje, por meios isolados, reclamando de que o atual governo quer cobrar a fatura das torturas e continuar perseguindo os militares de direita, anticomunistas de pijama e que ainda sobrevivem por aí, na reserva. E o povo brasileiro, por sua vez, continua alienado de propósito sobre o que fazem as nossas Forças Armadas. Não conhece os seus centros de excelência nem tem a menor idéia do grande trabalho que realizam.

Durante a minha juventude, que já vai longe, ouvia os empresários se reunirem preocupados com a "proletarização" das Forças Armadas. Hoje, não há setor da vida brasileira mais proletarizado que o militar, constituído de forma autêntica de amostras legítimas da população, mas não da opinião pública nem da opinião publicada.

Afinal de contas, os militares praticaram um contragolpe vitorioso em 1964, contra a comunidade protocomunista internacional, ficaram com a faca e o queijo na mão, e não lhes sobrou nada do antigo poder, em termos de comunicação de massa.

Os poderes executivo, legislativo e judiciário obtiveram canais de TV e rádio, alguns sindicatos e universidades, também. Católicos e evangélicos mantêm o proselitismo em vários canais abertos e a cabo, mas os militares, não. Pelo visto as Forças Armadas, do ponto de vista da comunicação, não são consideradas um poder! São censuradas por si mesmas e as tais políticas de defesa, que andam circulando por aí, não fazem qualquer menção ao domínio e exploração de canais de comunicação digital.

As Forças Armadas, em qualquer país desenvolvido, são consideradas a vanguarda tecnológica e de pesquisa das nações. Nos Estados Unidos, os militares disputam em feiras, com estandes explicativos em concorrência com grandes empresas, a atenção dos jovens para que entrem e façam carreira nas Forças Armadas.

Aqui, temos centros de beneficiamento de urânio, controlados pela Marinha, um centro aeroespacial no Maranhão, que, graças a Deus, não conseguiu ser privatizado pelo governo anterior, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e várias escolas superiores de Engenharia do Exército, que espalharam o melhor ensino de excelência que temos no Brasil. No entanto, todo esse trabalho silencioso, que nos faz respeitados até por outras forças armadas no exterior, não é reconhecido por nenhum folião brasileiro, que sacode os peitos e as nádegas no Carnaval, em fevereiro...

Até quando os militares irão ficar pedindo desculpas por existirem, sendo perseguidos por erros do passado? Houve torturados, sim; já embolsaram as indenizações devidas, claro que sim; alguns dizem que não, mas entraram com processos e fizeram associações e ONGs. Mas a indústria da tortura e da anistia irá até quando? Eu tinha quinze anos quando começou o governo Médici, o que é que tenho a ver com isso? E, se tenho 53 anos hoje, atrás de mim existe a maioria da população brasileira que não teve nada a ver com as brigas dos atuais ex-guerrilheiros, que estão mamando nas tetas do poder, e os velhos militares anticomunistas que sofrem, com nostalgia do passado.

Deveríamos todos dar um passo à frente e começar de novo, anistiando-nos mutuamente, e fazer um país sem cotas ou divisões. São todos brasileiros, andando no mesmo trem em alta velocidade para o futuro e a vida não comporta passar o tempo todo olhando pelo retrovisor.

Houve mortos dos dois lados, numa guerra que os ex-guerrilheiros querem retomar e vencer a qualquer custo, indo à forra, quando não há mais guerra, quer dizer, quando "o outro lado não mais existe", é constituído por outra geração de funcionários resignados, oferecidos, acovardados e amuados pelo próprio governo representado pelos perdedores, ora vitoriosos. Essa irônica situação histórica só pode mesmo ser contada em quadrinhos, jogos de armar ou programas de humorismo, samba e pagode...

Enquanto tivermos um poder militar, contido por um Ministério da Defesa civil, que não interpreta os anseios e interesses reais dos militares brasileiros; enquanto tal ministério for bifronte, com cada pé numa jangada, servindo a dois senhores, jamais teremos doutrina de defesa, a não ser os arremedos que estão aí, construídos como protocolos de intenção teórica de civis despreparados, incompetentes e acovardados.

Nesse estado de coisas, os contingentes de homens e mulheres, que deveriam prestar à Nação as melhores aulas de cidadania e coragem, estão completamente preocupados em bancar meros técnicos em suas funções, tecnocratas neutros e servis, prisioneiros da covardia de quem se habituou a ficar em silêncio obsequioso, somente quebrado pelas nobres esposas dos representantes da caserna, quando não recebem um aumentozinho de salário. E submetidos a um poder civil que se considera onipotente, como tal, como se fosse o último bastião da decência e da moral públicas. O resultado todos vemos: é a entropia e confusão que aí está!

Para onde vamos com essa situação não sei. Sei que ao ver um sambinha gostoso, em horário militar, as questões profundas de defesa da Pátria continuarão sem ser tocadas. Houve um filósofo que nos disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas. E a covardia, seria refúgio de quem?

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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e tem tanta coragem quanto mulher de militar.

Teresópolis, 3 de junho de 2009.

Fonte:www.emdireitabrasil.com.br

domingo, 24 de fevereiro de 2013

DOIS DETESTÁVEIS E REPUGNANTES ...


Esquerda, direita, esquerda, direita...


Artigo intitulado " O Papa e a semântica", de KÁTIA ABREU, 51, senadora (PSD/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), publicado neste sábado na Folha de São Paulo.  

Há temas que, por sua magnitude e transversalidade, perpassam diversos outros, que aparentemente lhe são estranhos. É o caso da renúncia do papa Bento 16. À parte as numerosas teorias da conspiração que a mídia mundial quis lhe atribuir, indiferente às explicações que ele próprio deu, constata-se que o entendimento do tema está contaminado por um despropósito: o conflito ideológico direita x esquerda, modernidade x ortodoxia. É intolerável que assim o seja -mas é.

Tal reducionismo, que chegou ao interior da Santa Sé, há muito inferniza a vida política e econômica dos países e se faz fortemente presente na América do Sul e, em especial, no Brasil.  Se já é uma distorção em relação aos países, impensável é que se tente estendê-la à religião. Não existe religião progressista. Esse termo, altamente questionável na sua essência, não se aplica a uma instituição que tem por missão exatamente conservar um legado que se pretende eterno.  É, pois, uma contradição em termos classificar um religioso de moderno ou reacionário. São categorias estranhas ao tema.

No Ocidente cristão, ninguém é obrigado a ter uma religião. Se a tem, deve aceitar seus pressupostos; se não a tem, não faz sentido pretender moldá-los, menos ainda a partir de paradigmas que lhe são inteiramente alheios. A terminologia direita-esquerda surgiu na Revolução Francesa, no fim do século 18, quando a Assembleia Nacional ganhou assento na Sala do Trono. O representante da aristocracia sentava-se à direita do rei; o da Assembleia, à esquerda. Marx valeu-se desse simbolismo para atribuir à esquerda as questões de interesse popular e à direita os da elite dominante.

Quem dera fosse tão simples. Discutir temas como economia, ambiente e até valores morais a partir desses pressupostos conspira contra o bom-senso e a eficiência. Por que, por exemplo, a economia de mercado seria de interesse apenas da elite se é ela, comprovadamente, a que gera riquezas e, por extensão, empregos a todos os segmentos sociais? Não há um só país que, ao adotar o socialismo, tenha erradicado a pobreza ou melhorado a vida do povo.

Países que embarcaram nesse equívoco -e a Rússia é o exemplo mais evidente- saíram ainda mais pobres. Não obstante, a esquerda fez de temas como justiça social, direitos humanos e até defesa do ambiente sua reserva de mercado.



A história registra algo em torno de 100 mil cubanos mortos na sequência da Revolução Socialista, num país que, à época, tinha aproximadamente 8 milhões de habitantes. Foram cerca de 17 mil fuzilamentos e mais 80 mil assassinados em tentativas de fuga. A ditadura chilena de Augusto Pinochet contabiliza cerca de 40 mil opositores tombados -menos da metade dos cubanos- e as estatísticas oficiais falam em cerca de 3.200 mortos e desaparecidos. No entanto, Pinochet é um monstro (e não discordo disso), enquanto Fidel Castro é, na visão de alguns, um herói. O que os diferencia? Um é de "direita" e o outro de "esquerda". Os dois são detestáveis.

Na questão do ambiente, a contradição é ainda mais berrante. Conspira-se contra o produtor rural, em meio a uma demanda mundial por aumento na produção de alimentos. A ONU (Organização das Nações Unidas) avisa que, se a produção não aumentar 20% nos próximos dez anos, haverá escassez. E o Brasil é peça-chave nesse processo. Mas a esquerda -sobretudo a ambientalista- insiste em demonizar o produtor rural. Arvora-se como única e legítima defensora dos direitos do povo, mas defende inocentemente a fome... do povo.

Esquerda e direita são, na verdade, um outro nome para extremismo e radicalismo irracionais, que já causaram muito desastre e muita dor à humanidade. Devem ser motivo de horror, e não de orgulho para quem quer que seja. Como supor, no cristianismo, um sacerdote ou um pastor esquerdista se no Apocalipse de São João está dito que os justos sentarão à direita do Pai e os condenados à esquerda? Por aí se vê o despropósito dessa terminologia, sobretudo no âmbito religioso.


Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

É MUITA ENGANAÇÃO...ESSES DADOS


Merval demole números petistas.



Em coluna intitulada  " O outro lado", publicada em O Globo, Merval Pereira prova que o sucesso de Lula e Dilma são frutos de manipulação dos números...

E, se em vez de insistirmos na comparação entre os governos petistas e os do PSDB dos últimos 20 anos, fizéssemos uma análise mais abrangente, com as comparações da performance brasileira nos últimos dez anos com a própria performance dos governos ao longo da nossa História e, além disso, com as demais economias do mundo, inclusive dos países emergentes?

O professor titular de Economia Internacional da UFRJ Reinaldo Gonçalves se propôs a se distanciar da polarização PT-PSDB para analisar a economia brasileira e os avanços sociais nos dez anos de governos petistas, e encontrou quadro bastante desolador, distante da propaganda oficial, a que deu o título "Brasil negativado, Brasil invertebrado: legado de dois governos do PT".

A"negatividade" é informada por inúmeros indicadores de desempenho da economia brasileira que abarcam o país, o governo, as empresas e as famílias. O "invertebramento" envolve a estrutura econômica, o processo social, as relações políticas e os arranjos institucionais. Essa trajetória é marcada, segundo Gonçalves, na dimensão econômica, por fraco desempenho; crescente vulnerabilidade externa estrutural; transformações estruturais que fragilizam e implicam volta ao passado; e ausência de mudanças ou de reformas que sejam eixos estruturantes do desenvolvimento de longo prazo.

Na avaliação do crescimento da renda durante os governos do PT, o professor classifica de "fraco desempenho pelo padrão histórico brasileiro e pelo atual padrão internacional". A taxa secular de crescimento médio real do PIB brasileiro no período republicano é 4,5%, e a taxa mediana é 4,7%. No governo Lula, a taxa obtida é 4%, enquanto as estimativas e projeções do FMI para o governo Dilma informam taxa de 2,8%.

O resultado é claramente negativo: no ranking dos presidentes do país, Lula está na 19ª posição, e Dilma tem desempenho ainda pior (24ª), em um conjunto de 30 presidentes com mandatos superiores a um ano. Resultados que não são compensados pelo fato de o governo Fernando Henrique estar em 27ª posição, com o crescimento médio de 2,3%.

O Brasil negativado dos governos do PT também é evidente quando se observam os padrões atuais de desempenho da economia mundial, ressalta Gonçalves. Durante os governos petistas, a taxa média anual de crescimento do PIB (considerando as estimativas e projeções do FMI para os dois últimos anos do governo Dilma) é 3,6%. No período 2003-2014, a estimativa é que a economia mundial cresça à taxa média anual de 3,8%; no caso dos países em desenvolvimento, essa taxa deverá ser de 6,4%.

Portanto, salienta Gonçalves, o Brasil negativado é evidente quando se constatam não somente essas diferenças como dois outros fatos: em seis dos 12 anos do período 2003-14, a taxa de crescimento da economia brasileira é menor do que a taxa média mundial; e, em todos os anos, a taxa de crescimento do PIB brasileiro é menor do que a média dos países em desenvolvimento.

O Brasil negativado também é evidente quando se compara o crescimento do PIB brasileiro durante os governos petistas com a média simples e a mediana das taxas de crescimento dos 186 países que são membros do FMI e que representam um painel muito representativo da economia mundial.

A taxa média durante os governos Lula e Dilma (3,6%) é menor que a média simples (4,6%) e a mediana (4,4%) das taxas de crescimento dos 186 países. A taxa de crescimento brasileiro é menor que a média simples e a mediana da economia mundial em dez e sete anos dos 12 anos, respectivamente.

O fraco crescimento da economia brasileira durante os governos petistas está diretamente associado às baixas taxas de investimento, ressalta Gonçalves. A taxa média de investimento do Brasil no período 2003-14 é 18,8% enquanto a média e a mediana mundial (painel do FMI) são 23,9% e 22,5%, respectivamente. Em todos os anos de governo petista, a taxa de investimento é menor que a média e a mediana do mundo. No painel de 170 países o Brasil ocupa a 126ª posição, média para o período 2003-14. (Amanhã, o social)


Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

A MENTIRA PREVALECE COM OS ENGANADORES


Merval demole números petistas (2).


O texto abaixo, de Merval Pereira, colunista de O Globo, completa outro artigo publicado ontem, aqui no Blog. Clique aqui para ler.

Estas tendências, entre outras, segundo ele, são desindustrialização; reprimarização das exportações; maior dependência tecnológica; desnacionalização; perda de competitividade internacional; crescente vulnerabilidade externa estrutural; maior concentração de capital e política econômica marcada pela dominação financeira.

Até mesmo no campo social o professor da UFRJ vê ilusão onde o governo vende “conquistas notáveis”. Para ele, as políticas distributivas não atingem a estrutura de concentração de riqueza e não alteram a distribuição funcional da renda (salários versus juros, lucros e aluguéis). No que se refere ao desenvolvimento social, tomando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como referência, Gonçalves constata “a total ausência de ganhos do país relativamente ao resto do mundo”.

O Brasil Negativado também aparece em outro importante indicador de desempenho econômico, a inflação. Durante os governos petistas a taxa média de inflação é 6,1% (preços ao consumidor). Segundo o estudo, a taxa de inflação no Brasil é maior do que média mundial em 6 anos e maior do que a mediana mundial em 9 anos.

A melhora na distribuição de renda, na visão de Gonçalves, não é vigorosa ou sustentável em decorrência da própria natureza do modelo de desenvolvimento, que envolve trajetória de desempenho fraco e instável. Ele alega que os indicadores capturam fundamentalmente os rendimentos do trabalho e os benefícios da política social, e a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), que serve de base para o cálculo dos indicadores de desigualdade, subestima os rendimentos do capital (juros, lucros e aluguéis).

Segundo o estudo, a distribuição da riqueza, muito provavelmente, não se alterou tendo em vista a vigência de elevadas taxas de juros reais no governo Lula, o reduzido crescimento do salário médio real, a concentração de capital e a ausência de medidas que inibam práticas comerciais restritivas (abuso do poder econômico) das grandes empresas.

Também como exemplo de concentração de capital e de riqueza, Gonçalves ressalta que no início do século XXI o valor dos ativos totais dos 50 maiores bancos era igual aos ativos totais das 500 maiores empresas; em 2011 os ativos dos 50 maiores bancos eram 78% mais elevados do que os ativos das 500 maiores empresas.

A base de dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com coeficientes de Gini (que mede a desigualdade) num painel de 110 países mostra que, apesar de haver queda da desigualdade na América Latina na primeira década do século XXI, os países da região continuam com os mais elevados indicadores de desigualdade de renda no mundo.

Em meados desta década, lembra Reinaldo Gonçalves, 4 entre os 5 países com maior desigualdade estão na região (Colômbia, Bolívia, Honduras e Brasil). No conjunto dos 10 países mais desiguais, há 8 países latino-americanos. Segundo o levantamento, o Brasil experimentou melhora marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, saiu da 4ª posição no ranking mundial dos mais desiguais para a 5ª posição.

Gonçalves ressalta que os avanços que ocorrem no Brasil não implicam ganhos em relação ao resto do mundo durante os governos petistas. Ele toma como exemplo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD. Embora ao longo do período 2000-11 o IDH do Brasil tenha aumentado de 0,665 em 2000 para 0,718 em 2011, este mesmo fenômeno ocorreu com a maioria dos países. Em consequência, destaca Gonçalves, não há mudanças nas diferenças entre o IDH do Brasil, que se manteve praticamente estável (70ª posição) durante os governos petistas, e a média dos IDHs dos outros países. ( O Globo)

Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

sábado, 23 de fevereiro de 2013

CRESCEU MENOS E ENDIVIDOU-SE MUITO...


Miriam Leitão: 'O país cresceu muito menos do que o governo previa'


Segundo a especialista, os dados de dezembro de 2012 mostram uma desaceleração em relação ao mês de novembro do mesmo ano.




Saiu nesta quarta-feira (20) uma prévia do desempenho da economia brasileira em 2012. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central registrou crescimento do PIB de 1,6%.
Segundo a comentarista Miriam Leitão, esse índice está em testes desde 2010 e sua função é antecipar os dados que o IBGE divulga sobre o crescimento do país. “O IBGE vai dar sua palavra definitiva em 1º de março de quanto foi o crescimento de 2012. Na verdade, o dado de dezembro é ruim, porque o crescimento foi de 0,26%, isso é desaceleração em relação ao crescimento de 0,57% em novembro”, afirma
De acordo com Miriam, o governo previa um crescimento econômico maior para 2012. “O governo achou que chegaria ao final do ano crescendo a um ritmo de 4% e ele chegou ao ritmo de 2%, muito menos que o previsto.”, ressalta.
Os dados do IBGE devem ser menores do que a estimativa do Banco Central. “No ano passado, em todos os trimestres, o dado do Banco Central ficou melhor que o dado do IBGE. Uma das razões para isso é o baixo crescimento, tem cinco trimestres consecutivos, é possível que haja o sexto trimestre consecutivo de queda do investimento. O ano passado foi um ano ruim para o mundo, mas Austrália cresceu 3,4%, México 4%, Chile 5%, Índia 5,4% e Tailândia 5,8%“, comenta a especialista.


Fonte:http://g1.globo.com

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Um psiquiatra para o PT


Lá vem, novamente, o PT fazendo a esdrúxula comparação entre seu governo e FHC, como se inexistisse a história. Incrível. Ao comemorar seus 10 anos no poder, desembucham novamente seu discurso maldoso contra quem estabilizou a economia e estruturou a sociedade democrática, ações essenciais para as realizações que tanto vangloriam o PT. FHC plantou, o PT colheu.
Sinceramente, acho que o PT está precisando de um psiquiatra. Lula e sua turma sofre de TPE, Transtorno Político Envergonhado, uma síndrome que ataca os políticos sem-vergonhas, aqueles que, sabendo que suas realizações dependeram de outra gestão, não têm coragem nem humildade de assumir tal subordinação. Uma paranoia, disso sofre o PT.
Pior que ser mentiroso, é acreditar nas próprias mentiras. Lula fez bons governos, continuando a obra de FHC. Avançou nas matérias sociais, regrediu na agenda desenvolvimentista. Simples assim. Basta procurar um psiquiatra, entender o processo histórico, e se livrar da imagem positiva de FHC.
Xico Graziano

Fonte:http://www.observadorpolitico.org.br


O velho e mensaleiro PT



O velho PT oposicionista – raivoso, sectário e, principalmente, desonesto – reacende na comemoração pelos seus dez anos no poder. Mas, a realidade é que, não tivessem Lula e Dilma sido antecedidos no cargo por Fernando Henrique, o país certamente não seria o que é hoje e o PT provavelmente teria naufragado na primeira esquina. Numa coisa o PT é, de fato, imbatível: nenhum outro partido tem em seus quadros uma turma de mensaleiros condenados à prisão.

O PT está armando um tremendo oba-oba para marcar seus dez anos de chegada ao poder. Tem todo direito de comemorar. Desde que não recorra às mistificações, mentiras e invencionices que tanto caracterizam suas mais de três décadas de trajetória. Mas esperar honestidade dos petistas é querer demais.

Há dez anos, o partido dos mensaleiros tenta vender aos brasileiros a ideia de que nossa história começou em 1° de janeiro de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República Federativa do Brasil e, oito anos depois, foi sucedido por Dilma Rousseff. Tudo o que antecedeu ao reinado dos petistas é tratado como escória.

É o que o PT volta a fazer agora por meio de uma cartilha recheada de adjetivos e palavras de ordem que em tudo lembra o velho PT oposicionista: raivoso, sectário e, principalmente, torpe e desonesto. Nem dez anos no comando de uma das mais importantes nações do mundo deram aos petistas a serenidade e o decoro necessários.

A realidade é que, não tivessem Lula e Dilma sido antecedidos no cargo por Fernando Henrique Cardoso, o país certamente não seria o que é hoje. Não tivesse a gestão tucana legado à petista um país com moeda estabilizada, contas fiscais geridas em regime de responsabilidade e uma estrutura produtiva em processo de modernização, o PT provavelmente teria naufragado na primeira esquina.

Recorde-se que tanto a estabilização obtida com o Plano Real quanto a adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal foram duramente combatidas pelo PT oposicionista, seja nos palanques, nas tribunas, no Parlamento ou na Justiça. Para os petistas, o que sempre valeu foi a máxima do hay gobierno, soy contra ou, ainda, a do “quanto pior, melhor”.

Nestes dez anos de poder, o PT valeu-se sobejamente da herança bendita tucana. Mas tudo que é bom não perdura para sempre. A falta de um novo ciclo de reformas e o mau uso que os petistas fazem das instituições estão levando à exaustão o que lhe foi legado. Como os governos petistas foram incapazes de dar novo sopro renovador ao Brasil, o país ora rateia.

Não é outra coisa o que está ocorrendo com a inflação, numa séria ameaça de descontrole dos preços que desponta no horizonte e põe em risco o orçamento familiar, principalmente o das famílias mais pobres. O mesmo acontece com as contas públicas, em franco processo de deterioração e retrocesso. E o que faz o governo do PT para se contrapor a esta situação? Simplesmente bate cabeça.

O que se passa no lado real da economia brasileira também evidencia a falência dos propósitos petistas. O estatismo anacrônico do partido dos mensaleiros conduziu o país a um gigantesco nó logístico e de infraestrutura que só timidamente ora começa a ser deslindado. Mas como? Com as privatizações – como acontece agora com os portos, as ferrovias e as rodovias – que o PT outrora tanto demonizou.

É legítimo reconhecer que os governos petistas promoveram avanços importantes na área social. Mas, para uma análise honesta, é forçoso constatar que o germe que floresceu na ascensão social, na disseminação do Bolsa Família e na recuperação do salário-mínimo foi semeado na gestão tucana.

Mas há uma coisa em que o PT é, de fato, imbatível: nenhum outro partido tem em seus quadros uma turma de mensaleiros condenados à prisão pela mais alta corte de Justiça do país. Nas comemorações pelos dez anos de poder petista, Lula e Dilma Rousseff poderão se irmanar gostosamente a José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha, Delúbio Soares e outros tantos – enquanto, claro, eles ainda não cumprem suas penas na cadeia. Esta exclusividade ninguém tira deles.



Carta de Formulação e Mobilização Política
Terça-feira, 19 de fevereiro de 2013iNo 635. Concluída às 9h53

Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela


Fonte-http://www.observadorpolitico.org.br