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sexta-feira, 29 de junho de 2012


Eles não querem ser julgados


  E o escãndalo Cachoeira vai levar 
  quantos anos?

Marcelo Itagiba - O Globo - 29/06/2012
Não deve haver nada pior para uma pessoa de bem do que ser acusada injustamente de um crime que não cometeu.
Se ela fosse equivocadamente denunciada por algum dos graves crimes atribuídos pelo Ministério Público Federal (MPF) aos réus do mensalão, certamente a sua indignação a levaria a lutar para que o processo fosse rápido, a sua inocência logo reconhecida e os danos à sua honra prontamente reparados.
Texto completo
O que temos visto são mensaleiros investirem na tentativa de protelar o julgamento dos crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira pelos quais foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entendeu o STF que havia suficientes evidências de que essas pessoas deveriam ser processadas por se apoderar da máquina pública para fins de enriquecimento pessoal e projetos político-eleitorais que visavam somente à permanência no poder para a consecução de seus objetivos patrimonialistas. Os mensalei-ros eram, em sua maioria, agentes públicos, nomeados ou eleitos, muitos dos quais ocupando cargos no primeiro escalão do governo ou posições expressivas em suas agremiações partidárias.
Em razão do chamado foro privilegiado garantido por lei a alguns dos integrantes da quadrilha, nenhum deles será julgado por um juiz de primeira instância, como todo e qualquer cidadão comum.
Todos eles serão submetidos ao crivo do STF. São 11 ministros de elevado saber jurídico e reputação ilibada, conforme o exigido pela Constituição Federal.
Os membros do Supremo são inquestionavelmente independentes para promover o julgamento técnico das robustas provas reunidas nos autos, a despeito de a quase totalidade dos ministros da mais alta corte do país ter sido nomeada pelo presidente da República de cujo governo alguns réus eram integrantes.
Todas as pessoas têm direito ao devido processo legal, com a previsão do contraditório, da ampla defesa e dos recursos inerentes. A todas também são assegurados a razoável duração do processo e os meios destinados à celeridade da tramitação dos atos processuais.
Os réus do mensalão, porém, ao que parece, não querem ser julgados. Eles parecem fugir do veredicto como o diabo da cruz. Sonham com a prescrição de suas ações delituosas.
Defendidos pelos mais notórios advogados criminalistas do país, buscam, através do decurso de tempo, a impunidade dos seus crimes descobertos há sete anos. Mas a sociedade brasileira quer ver o processo efetivamente julgado.

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

OS INTERESSES SÃO ECONÔMICOS...


Cientistas denunciam: ecoterrorismo barra estudos que comprovam que aquecimento global é uma farsa.




Em meio às preparações para a recepção de 45 mil pessoas para a Rio+20, um grupo de cientistas pediu que a presidente Dilma Rousseff revertesse em saneamento básico o que estava gastando com o aquecimento global. De acordo com os 18 pesquisadores que assinaram uma carta enviada à presidência em maio, pouco antes da cúpula da ONU, o aquecimento global não é causado pelo homem. Eles estão no grupo dos "céticos do clima". A Folha conversou com um dos responsáveis pelo documento, o físico e meteorologista Luiz Carlos Baldicero Molion, da Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Há décadas, Molion nada contra a corrente dos pesquisadores que revisam os relatórios do IPCC (o painel do clima da ONU) e que publicam nas principais revistas científicas. São os "aquecimentistas", como diz Molion. Acompanhe a entrevista.

Folha - Como o senhor começou a trabalhar para mostrar que aquecimento global não é resultado da ação do homem?
Luiz Carlos Baldicero Molion - Eu estou nessa desde a década de 1970, quando começaram a falar que o aquecimento do planeta era resultado da queima de combustíveis fósseis. Isso não era verdade. Quando o IPCC lançou seu primeiro relatório [em 1990], nós começamos a comprovar que o aquecimento era causado pelo aumento da atividade solar e pela falta de erupção vulcânica dentre 1912 a 1960 [as erupções reduzem a temperatura da Terra]. Mas, desde então, o terrorismo climático aumentou.

Os cientistas "céticos" reclamam de dificuldades para obter recursos para pesquisas. O senhor já viveu isso?
Eu tenho hoje cerca de R$ 3,2 milhões em projetos de pesquisa sobre eventos extremos, monitoramento de vazão de rio e desenvolvimento regional. Mas não posso usar a palavra "aquecimento global", senão o projeto não é aprovado. Na área de aquecimento global, eu nem me arrisco a tentar publicar os meus trabalhos. Os artigos têm de ser "revestidos" por outras temáticas.

Mas, se o senhor submeter um artigo científico questionando o aquecimento global pelo homem, ele será negado?
Sim. A maioria dos pareceristas é a favor do aquecimento global. Então, será negado. Revistas como a "Science" só publicam artigos sobre a ação do homem no clima. Mas se um trabalho em outra área, como o monitoramento de eventos extremos, cair nas mãos de um "aquecimentista", será aprovado.

Por que decidiram escrever uma carta para a Dilma?
Existia na pauta [no documento base] da Rio+20 coisas esdrúxulas como "a temperatura do planeta não pode aumentar mais de 2 graus". Então nós tivemos a ideia de escrever essa carta. Temos informações de que ela leu e disse "interessante, porém muito tarde". É uma pessoa que tem acesso a ela, mas não podemos revelar quem é.

A carta afirma que não é preciso descarbonizar. O que precisaria ser feito então?
Há registros geológicos ou paleoclimáticos que mostram que quando as plantas surgiram havia uma concentração muito maior de CO2 do que existe agora. Já mostramos que com mais CO2 as plantas aumentam a sua produtividade. Então falar em descarbonização é absolutamente ridículo. Isso não quer dizer que os combustíveis fósseis não tenham problemas. O enxofre que está no carvão mineral e no petróleo é altamente tóxico.

Mas a crise ambiental trata também da escassez de recursos, como a água...
O petróleo não vai acabar. Há reservatórios de petróleo como o pré-sal em todo o planeta. Mas extrair será caro. E a água não será um problema do século 21 porque 71% do planeta é formado por água. O que vai acontecer é que, se poluirmos a água, ela ficará mais cara. Mas não vai faltar.

O que estaria por trás do IPCC?
Há quem diga que a ideia da ONU é ter uma governança global. Não duvido.

O que o senhor achou dos resultados da Rio+20?
Os artigos sobre compromissos, metas e definições foram todos retirados. Ficamos com os parágrafos que repetem as mesmas coisas desde o relatório de Estocolmo, de 1972. Porém, houve coisas interessantes. A tentativa de transformar o Pnuma [programa ambiental da ONU] em uma agência foi vetada. Se passasse, os países perderiam a sua soberania. Se você resolve fazer uma hidrelétrica como Belo Monte, a agência da ONU poderia vetar. Seria um problema sério para os países em desenvolvimento. Mas a ONU não desistirá.

Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

terça-feira, 26 de junho de 2012


Lula Lassie.



O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que integra a campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo, disse nesta terça-feira, 26, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não assusta a equipe tucana e que ele "não é um pitbull". Foi uma resposta a uma declaração de Lula, que afirmou que pretende "morder a canela dos adversários" para eleger seu afilhado na disputa, o ex-ministro Fernando Haddad (PT).

"Aqui em São Paulo, o Lula não é um pitbull. Ele não passa de uma Lassie", disse Morando, em referência à cadela da raça collie que protagonizou filmes e seriados de TV desde os anos 1940. "Lula não consegue ganhar uma eleição aqui em São Paulo desde que o PSDB chegou à Prefeitura. Marta (Suplicy) perdeu, (Aloizio) Mercadante perdeu e agora é a vez do Haddad", afirmou, em nome da campanha de Serra. Para o tucano, a declaração de Lula "rebaixa o nível do debate".

Em um evento em que Haddad recebeu o apoio do PC do B, na segunda-feira, 25, Lula disse que Serra "está patinando" e que o tucano perceberia que "foi um equívoco" lançar sua candidatura. "A partir de julho ou agosto vou estar melhor e vou me dedicar à campanha em São Paulo. Se necessário vou morder a canela dos adversários para que Fernando Haddad seja prefeito", afirmou Lula.

O líder do PSDB na Câmara Municipal paulistana, Floriano Pesaro, criticou o que chamou de "espírito truculento e violento" da campanha petista. "É um desrespeito ao adversário, uma certa soberba e até prepotência", disse. "Vamos enfrentá-los, mas com propostas, com respeito ao adversário e vamos ganhar a eleição." (Estadão)

Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

POR ESSE E MAIS OUTROS...NÃO ACREDITO


Lewandowski cede à pressão popular e libera voto. Mensalão será julgado em agosto.



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski acaba de liberar o voto revisor da ação penal contra 38 acusados no processo do mensalão petista. Com isso o julgamento dos réus pode começar no dia 1º de agosto, como queria o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto. Para isso, Ayres Britto terá que publicar ainda nesta terça-feira, 26, o voto revisor, em edição extraordinária no Diário Oficial de Justiça.
Em rápida conversa com jornalistas Lewandowski disse que vai posteriormente apresentar o voto detalhado com ponto a ponto sobre o relatório final do ministro Joaquim Barbosa. “Fiz das tripas coração para respeitar o que foi estabelecido pelos ministros da Casa. Foi o voto revisor mais curto da história do STF, mas sem prejuízo da qualidade. Estamos prontos para o julgamento”, afirmou que estava sendo pressionado para entregar o voto revisor.
A pressão pela entrega de seu relatório gerou um desconforto e abriu uma crise entre os ministros do STF.  Depois de tentar alertar o relator sobre a consequência do atraso na entrega do relatório, o presidente do STF Carlos Ayres Britto enviou a Lewandowski um ofício para cobrar a entrega do processo.  Lewandowski então argumentou que tinha até o final da semana para a entrega e chegou a divulgar uma nota classificando como “inusitada” a cobrança. Além disso, afirmou nunca ter atrasado nem adiantado julgamentos para não “instaurar odioso procedimento de exceção”. “Conforme é de conhecimento público, tenho envidado todos os esforços possíveis para não atrasar um só dia o julgamento”.
Na manhã desta terça, o assunto era um dos mais comentados no Twitter, chegando a virar um Trending Topic no Brasil com a hashtag #EntregaLewandowski. A campanha era para que Lewandowski entregasse o relatório do mensalão a tempo de o julgamento acontecer em 1º de agosto. (Estadão)


Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

AS CONIVÊNCIAS E INTERESSES EM 1º LUGAR


A resposta a Lewandowski é o recomeço da contagem regressiva: faltam quatro dias






Ilustração: Luiz Roberto
Como informou meu amigo e vizinho Reinaldo Azevedo, o revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, comunicou ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, que vai entregar seu voto até o fim deste mês. No ofício, o ministro registra que foi esse o prazo fixado pelos participantes da reunião que definiu o cronograma do julgamento.

Por desatenção ou esperteza, nenhum dos juízes do STF notou que, para que o processo começasse a ser julgado em 1° de agosto, Lewandowski deveria terminar o serviço nesta segunda-feira. Ele garante que o atraso não vai retardar o início dos trabalhos. Verdade ou não, cumpre ao Brasil decente recomeçar a contagem regressiva.

Faltam quatro dias.

Fonte:veja.abril.com.b

QUANTO CUSTOU ESSA VIRADA...???


Em três capítulos, a história do homem que vendeu a alma para virar prefeito do Rio

Eduardo Paes



PRIMEIRO CAPÍTULO
Entre julho de 2006 e agosto de 2006, o deputado federal , do PSDB fluminense, um dos mais veementes representantes do partido na CPI que apurou o escândalo do mensalão, fez as seguintes declarações:

“É preciso investigar o inexplicável crescimento do patrimônio dos filhos do presidente”.

“Lula sabe de tudo. A sede da quadrilha do mensalão é o Palácio do Planalto.

“O conjunto de escândalos que envolvem o governo é tanto, e a desfaçatez dos principais atores envolvidos neles tão grande, que às vezes parece que a CPI não conseguiu ainda provar muita coisa” .

“Comprovamos o mensalão com cópia de recibo e tudo. Como é que o Lula ainda tem coragem de negar?”

“Claro que Lula sabe quem é Delúbio Soares. Ele sabe de tudo”.

SEGUNDO CAPÍTULO
Durante a campanha eleitoral de 2008, depois de ter mendigado o apoio de Lula e implorado o perdão de Marisa Letícia por ter dito o que dissera sobre a Primeira Família, a nova versão de Eduardo Paes, candidato a prefeito do Rio pelo PMDB, fez as seguintes declarações:

“A gente tem que ter muita calma antes de sair apontando o dedo para as pessoas”

“Pedir desculpas pelos erros cometidos não envergonha ninguém”.

“Reconheço que exagerei nos trabalhos da CPI. Fiz acusações sem consistência e denúncias sem fundamento”.

“É uma honra estar ao lado do grande governador Sérgio Cabral e do maior presidente que este país já teve”.

“Não falo sobre o mensalão”.

TERCEIRO CAPÍTULO
Neste sábado, em campanha pela reeleição, o homem que vendeu a alma para virar prefeito do Rio discursou no Congresso Nacional da União da Juventude Socialista. Dois dos piores momentos do palavrório:

“Você já superou a crise. Vai se eleger vereador de São Paulo” (dirigindo-se a Orlando Silva, demitido por corrupção do ministério do Esporte).

“Daniel, é assim mesmo. O problema é o seguinte: as eleições estão chegando. Como a UNE se posiciona, fica difícil não apanhar” (dirigindo-se a Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes Amestrados, envolvido até o pescoço no desvio de dinheiro tungado dos cofres públicos graças à celebração de convênios malandros com seis ministérios).

Eduardo Paes chegou à prefeitura de joelhos. Pode acabar saindo na traseira de um camburão

Fonte:http://veja.abril.com.br

Carta aberta de Reynaldo-BH para Ricardo Lewandowski: ‘Vada a bordo!’





Exmo. Ministro Ricardo Lewandowski

Peço licença ao insigne ministro, escolhido entre milhões de brasileiros, para escrever esta carta que sei que nunca será lida pelo destinatário.

Não que creia que isso iria fazer qualquer diferença. Todos sabemos que nunca alteraria uma linha no labirinto que o senhor construiu e nele insiste em se esconder.

Não existem pressões. São cobranças. Ninguém pressiona devedores que se negam a acertar as contas. Seja com o credor ou com a História. Ao contrário, cobra-se daqueles que se recusam a assumir os ônus decorrentes dos próprios atos, o acerto inerente aos homens de caráter e honestidade. Seja uma dívida de R$ 1,00 ou uma decisão judicial.

O que levou o ministro a aceitar o cargo que ocupa na mais alta Corte do Judiciário brasileiro? Uma dívida? Um compromisso de fidelidade? Ou o coroamento de uma carreira que qualifica quem é escolhido?

Ao invocar como argumentos a extensão das provas colhidas, a necessidade da análise cuidadosa e o trabalho derivado da leitura do processo e apensos, o honrado ministro quer nos fazer crer que ─ profissionalmente ─ não está à altura do cargo que ocupa? Ao menos, ao mesmo nível de seus pares, que jamais utilizariam o mesmo tempo despendido por V. Exa.?

Os argumentos para aquilo que parece ser uma procrastinação são uma confissão de despreparo para estar onde se encontra?

Não creio.

O Brasil já conviveu com Francisco Luis da Silva Campos, conhecido como Chico Ciência. Advogado brilhante, foi redator da Constituição Polaca (escuso-me em dizer o porque do apelido), dos Códigos Penal e de Processo Penal (de 1941) e da CLT (1943), baseada nas leis do trabalho da Itália fascista. E acima de tudo, por emprestar o brilhantismo reconhecido à confecção de alguns dos famigerados Atos Institucionais (como o de número 2) que tentava dar legitimidade a um movimento imoral. Embora legal. Dizia-se que Chico Ciência era capaz de escrever uma Constituição nas coxas.

Ministro Lewandowski, não consigo avaliar o quanto o senhor é brilhante. Deve ser. Não duvido.

Embora ─ aparentemente ─ muito lento em suas análises e votos. Ao menos em alguns casos específicos.

Não creio que o ilustre jurista estaria disponível para justificar o injustificável (como Chico Ciência) ou acobertar a quem a coberta sequer cobre os pés.

Um jurista que é escolhido pelo notório saber jurídico para estar no STF sabe que a primeira ─ e deveria ser a única ─ diretriz de atuação é somente a da Justiça.

Quero crer que é o caso.

Eu imagino o que deve enxergar um ministro quando olha para a própria história. Orgulho, sensação de reconhecimento e certeza do respeito de todos os brasileiros. E receio por parte de criminosos, sejam estes quais forem. Quando a equação fica invertida, também consigo imaginar a sensação que um homem honesto ─ como o senhor é rotulado ─ deve conhecer.

Nestes anos em que o senhor analisava pacientemente o processo do mensalão, perdi amigos. Perdi a saúde. Quase perdi a esperança. O mundo mudou. Ditadores foram derrubados. Uma moeda única na Europa foi posta em confronto com a realidade econômica de países até então sólidos. Artistas nos deixaram. Crimes foram cometidos. Alguns, punidos.

Somente uma quadrilha continuou a rir de todos nós. A que é analisada por V.Exa.

O navio italiano que naufragou na costa da Itália ─ o Costa Concórdia ─ por ter um capitão (Francesco Schettino) que ignorou avisos e rasgou a própria biografia e história profissional, foi mais um dos tantos fatos acontecidos enquanto V.Exa. analisava o processo do mensalão.

Entrou para a história como um insolente. O homem errado na hora errada. Popularizou a expressão “Vada a bordo, cazzo!”. Não preciso traduzir.

Ministro Ricardo Lewandowski, faltam mínimas milhas náuticas (ou horas) para que o naufrágio aconteça.

“VADA A BORDO!” Evito o cazzo. Por enquanto.

Com admiração (ainda),

Reynaldo Rocha, um Brasileiro.

Fonte:http://veja.abril.com.br/

ATO DEMOCRÁTICO E LEGAL


Crise paraguaia requer sensatez


 

 Fernando Lugo após o impeachment
Respaldo do Poder Judiciário desmontou a tese do ‘golpe parlamentar’


Edotorial O Globo 26/06/2012

 O impeachment de Fernando Lugo, executado em alta velocidade e por ampla maioria no Congresso paraguaio, coloca o Brasil diante de uma situação intrincada, circunstância em que a melhor postura a assumir é de serenidade, longe de escaladas verbais e rompantes de bolivarianos e chavistas espalhados pelo continente, inclusive com representantes em Brasília.
Texto completo
Além de a teoria do “golpe parlamentar” ser discutível, o Brasil, ao contrário de outros vizinhos, tem enormes interesses objetivos no Paraguai, como a energia de Itaipu, o comércio propriamente dito, além de uma grande comunidade de “brasiguaios”, responsáveis pelo crescimento agrícola do país e alvo de grupos radicais de sem-terra, fortalecidos com o pouco caso de Lugo diante do agravamento do conflito agrário, um dos argumentos a favor do seu impeachment.
A tese do “golpe” já tinha contra si o fato de não haver notícia de mudanças de legislação encomendadas com o objetivo de afastar o ex-bispo. O apoio político-parlamentar quase nulo de Lugo — perdeu na Câmara por 73 a 1, e, no Senado, 39 a 4 — não seria suficiente para atestar a legalidade do impeachment. Mas, além do cumprimento formal dos dispositivos legais, a decisão dos parlamentares foi referendada pela Corte Suprema paraguaia, ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do país reconhecia o vice de Lugo, Frederico Franco, como o novo presidente do Paraguai.
O suposto “golpe parlamentar” paraguaio equivale a um outro, idêntico, desfechado pelo Congresso e Justiça de Honduras, em 2009, quando o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, com apoio de Hugo Chávez, tentou aplicar o conhecido “kit bolivariano” de convocar um plebiscito e aprovar mudanças constituicionais para se reeleger. Como há dispositivo na Constituição de Honduras que pune com o afastamento do cargo presidente que tentar manobras para se perpetuar no poder, Zelay foi destituído legalmente.
Chavistas e bolivarianos protestaram, e o Brasil de Lula e Celso Amorim foi atrás. Chegou a abrigar Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa, convertida em comitê de resistência, contra a tradição de profissionalismo do Itamaraty. Foram feitas eleições, vencidas por Roberto Micheletti, mas o Brasil continuou sob a liderança chavista e se recusou a reconhecer o novo governo.
A história se repete, de forma bem mais crítica para o Brasil, por ser o Paraguai um país estratégico para os interesses nacionais. Mesmo que o impeachment houvesse tramitado por semanas, Venezuela, Honduras, Equador e Bolívia o denunciariam como “golpe”. Inclusive a Argentina, pois, diante do agravamento dos problemas internos, Cristina Kirchner não tem deixado passar oportunidade de manipular assuntos externos para tentar entreter a opinião pública argentina.
Tudo deve ser feito para evitar conflitos no Paraguai. Sintomático que Lugo tenha aceitado o impeachment sem resistir, e, ao perceber o coro de “golpe parlamentar”, decidiu reunir seu gabinete em frente de casa. Semeou, com a ajuda do governo Dilma, de Cristina Kirchner e demais o risco de um grande conflito, contra os interesses do Estado brasileiro.
Não que as evidências de um impeachment em rito sumário não devam chamar a atenção de Mercosul, Unasul e OEA. Mas decretar a priori a existência de um “golpe parlamentar” é um excesso. Mais ainda, num surto ideológico, suspender o país do Mercosul e Unasul, e admitir a presença de Lugo na próxima reunião de cúpula, em Medonza, Argentina. O ditador Alfredo Stroessner foi mantido em Assunção durante muito tempo por conveniência de Brasil e Argentina. Este é um tempo a ser sepultado, e a terra por cima devidamemte salgada.
Os casos de Honduras e, agora, do Paraguai, pelo menos justificam que as mesmas zelosas instituições multilaterais, e o Itamaraty em particular, não deixem passar sem análise manipulações que Venezuela, Equador e Bolívia — para citar os mais notórios —fazem do Congresso e Poder Judiciário a fim de destroçar o que resta de democracia em seus regimes, por meio de instrumentos apenas formalmente democráticos.

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

O PT FOI IMPATRIÓTICO NO CASO PETROBRÁS


Democracia representativa

Merval Pereira - 

O GLOBO - 26/06


O que está sendo colocado em xeque no episódio do impeachment do presidente do Paraguai é a democracia representativa. Quando se questiona a capacidade do Congresso paraguaio de promover a deposição de um presidente de acordo com as normas constitucionais alegando que houve "ruptura democrática", está-se na verdade colocando em questionamento o próprio sistema eleitoral.
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Por que a Unasul não questiona as manobras que os governos de Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina vêm fazendo permanentemente para, utilizando-se dos mecanismos democráticos, moldar um Congresso e um Judiciário à sua feição?
Assim como definir que não houve o cumprimento do devido processo legal na deposição de Lugo é uma questão de interpretação, da mesma maneira considerar que na Venezuela há "democracia demais" é uma questão de simpatia pessoal.
Até o momento a Venezuela não foi aceita no Mercosul justamente devido à cláusula democrática, e o processo vem demorando porque há muitas desconfianças de que o que existe naquele país não é exatamente uma democracia.
O Congresso paraguaio é o último bastião contra a aprovação da Venezuela e por isso é acusado de ser dominado por oligarquias direitistas que deram um "golpe parlamentar" em Lugo.
Mas e as oligarquias, direitistas, e os capitalistas selvagens que foram cooptados pelos governos "bolivarianos" em todos esses países, inclusive no Brasil, esses estão autorizados a continuar atuando como sempre atuaram, e com as bênçãos dos governos populares a que servem.
Para "desencorajar ações do gênero" no continente, os membros da Unasul sentem-se no direito de dar lições de democracia a um de seus membros.
O importante a avaliar é que o Congresso paraguaio obedeceu às regras constitucionais. O próprio advogado de Lugo admitiu que tudo correu dentro da lei, e a Suprema Corte recusou liminarmente a reclamação de que Lugo não tivera tempo para se defender. É muita pretensão de outros países quererem interpretar as circunstâncias históricas locais e decidir se houve ou não um rito democrático.
Ninguém tem informações seguras para compreender o que estava em curso no Paraguai para que o presidente ficasse tão isolado, a ponto de ter tão poucos votos de apoio e menos ainda apoio popular.
Não houve imposição de um grupo político, houve um consenso no Congresso. Daí a dizer que o Congresso está dominado pelas oligarquias e que Lugo foi derrubado porque estava trabalhando com os sem-terra de lá, aí já se discute a qualidade da democracia paraguaia, o que não é função de qualquer organismo internacional.
O fato é que não houve ruptura alguma da ordem democrática, razão alegada pelo Mercosul para suspender o Paraguai. O país está em ordem, não há tanques nas ruas, não há manifestações populares, os Poderes todos funcionam normalmente, não há censura à imprensa.
No Brasil, diferentemente de outros países da região, não houve fechamento do Congresso ou mudanças no Judiciário, nem recurso a novas eleições para que uma maioria se formasse, o que torna questionável o nível democrático em vigor.
A maioria no Congresso brasileiro, desde o mensalão de 2005, é formada à base de troca de favores, inclusive dinheiro público e cargos, não para aprovar algum programa de governo, mas uma "maioria defensiva" para evitar episódios como o ocorrido no Paraguai, que quase atingiu Lula no auge da crise do mensalão.
É uma maneira de neutralizar o Congresso. Nesse caso, não faz mal que as oligarquias façam parte da chamada base aliada e continuem governando desde que garantam a proteção necessária.
Nem que os "companheiros" estejam envolvidos em malfeitos diversos: os líderes populares que estão prontos a sair às ruas, mobilizando as massas para acusar uma "ruptura democrática", são os mesmos que se utilizam dos mesmos instrumentos para defender seus oligarcas de estimação.
Não é à toa que em todos esses países da órbita "bolivariana", inclusive o Brasil, mais e mais defensores da "democracia direta" surjam, justamente para desacreditar o Congresso como instrumento de representação popular.
O Brasil tem mais interesses no Paraguai do que todos os demais países da América do Sul e deveria, isto sim, estar liderando a Unasul, e não sendo liderado, para defender os nossos interesses na região.
Mas a diplomacia brasileira está se acostumando a seguir, não a liderar. Quando a Bolívia invadiu as instalações da Petrobras, o Brasil também não reagiu.
O Itamaraty tinha informações há muito tempo de que os brasiguaios estavam sendo maltratados pelo governo paraguaio, que os estava expondo à violência dos sem-terra paraguaios, e não usou os muitos interesses econômicos para pressionar o governo Lugo a defender o setor agropecuário brasileiro.
Há entre 350 e 400 mil brasileiros no Paraguai, que produzem na agricultura a ponto de terem tornado o Paraguai o 4 exportador de soja do mundo, cuja produção é exportada através de portos brasileiros.
Esses agricultores são também grandes consumidores de insumos brasileiros como sementes, defensivos agrícolas e maquinário.
Além da questão agrícola, o Brasil depende de Itaipu para o fornecimento de cerca de 20% da energia que consome, e qualquer problema nessa geração provocaria um desastre econômico.
Mas o país já havia se submetido a uma chantagem do governo paraguaio, que rasgou o contrato existente e conseguiu um aumento no pagamento da energia produzida por Itaipu.
O governo brasileiro está colocando os interesses políticos de um grupo da região à frente dos interesses econômicos do país.
A reação contrária da Unasul ao que aconteceu no Paraguai é, na verdade, mais um movimento político dos chamados países "bolivarianos" do que uma reação em defesa da democracia, que continua em pleno vigor no Paraguai.
O governo brasileiro, mais uma vez, está a reboque de uma ação política de Chávez, assim como no caso de Honduras no ano passado


Fonte:http://www.averdadesufocada.com

NOTÍCIA BOA!






Cientistas detectam anticorpo capaz de 'sufocar' e matar vírus da dengue


Pesquisadores isolaram anticorpo contra tipo 1 em paciente de Cingapura.
Cientistas isolaram em um paciente de Cingapura um poderoso anticorpo capaz de "sufocar" e matar o vírus da dengue, e esperam que isso possa resultar em uma nova arma para o combate à doença.

Não existe atualmente cura para a dengue, que mata 20 mil pessoas por ano, muitas delas crianças. O tratamento se restringe a combater os sintomas.

O anticorpo isolado estava entre 200 mil exemplares colhidos junto a cem pacientes que tiveram a doença e se recuperaram. Ele parecia capaz de matar todas as cepas conhecidas do subtipo 1 do vírus da dengue, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (21) pela revista "Science Translational Medicine".

Há quatro subtipos diferentes do vírus da dengue, doença que provoca febre e dores intensas. Lok Shee-Mei, da Escola de Pós-Graduação Médica Duke-NUS e integrante da equipe responsável pela pesquisa, di sse que o anticorpo "mata o vírus da dengue antes mesmo que ele tenha a chance de infectar qualquer célula".

Em experimentos com ratos, os pesquisadores viram que o anticorpo se estica sobre as proteínas superficiais do vírus, sufocando-o e isolando-o.

"Quando o vírus quer infectar células, precisa respirar e se expandir, então suas proteínas superficiais passam por ligeiras mudanças (...), mas esse anticorpo se amarra às proteínas superficiais, de modo que as proteínas não conseguem mudar de forma alguma. O vírus é incapaz de contaminar", disse Lok por telefone, de Cingapura.

Em comparação a outros compostos químicos que estão sendo desenvolvidos contra a dengue, o anticorpo matou mais vírus e agiu mais rapidamente, segundo Paul MacAry, autor principal do estudo, que é professor-associado de microbiologia da Universidade Nacional de Cingapura.

Os pesquisadores planejam em breve realizar testes clínico s em Cingapura com o anticorpo em pessoas contaminadas com a dengue tipo 1. Enquanto isso, a equipe está vasculhando sua biblioteca e espera encontrar anticorpos igualmente poderosos, especialmente contra os subtipos 2, 3 e 4.

MacAry disse que sua equipe já achou o anticorpo contra o subtipo 2, mas que ele ainda está em fase preliminar de testes.

Segundo ele, "90% de toda a dengue em Cingapura é do tipo 1 ou 2. Isso significa que, dentro de seis meses a um ano, teremos dois anticorpos que nos permitirão tratar a maioria dos pacientes no país".


Fonte: adelmonf2005@hotmail.com

segunda-feira, 25 de junho de 2012



 A Turma da Mônica mente




  Além da aparência estar ótima para quem acabou de ser
  torturada, ela ainda  foi absolvida de ter participado de luta
  armada, apesar de fazer as reuniões de assaltantes e assas-
  sinos em seu apartamento e treinar tiros com João Lucas
  Alves, assassino do major alemão Edward von Westernhagen 
Por Batalha - 25/06/2012


 Nessa época eu era capitão e servia em Juiz de Fora ( 10º. BI ). A única atividade relacionada com a repressão era a Auditoria Militar da 4ª RM, lá sediada, que julgava crimes militares e crimes capitulados na Lei de Segurança Nacional. Nem no meio militar, nem entre os civis, ouvia-se qualquer rumor que fosse sobre tortura. A cidade era pacata e o convívio com os militares pautava-se pela simpatia de ambas as partes. A Dilma mente. Tanto assim que elase esquiva, com desculpas esfarrapadas, de oferecer dados que permitam a identificação de seus torturadores. Os oficiais que, então, exerceram a função de S 2 no 10º. BI e no 4º. GAC, e o E 2 da 4ª. RM/DE, poderiam identificar os “ torturadores ”
A única verdade é que eles não existiram. Repito: A DILMA MENTE. É caso de impeachment por crime de perjúrio. Sugiro fazermos pela Internet um repto a ela para que, a bem da verdade, que ela tanto diz buscar com a CNV, responda as seguintes perguntas sobre a tortura que alega ter sofrido em Juiz de Fora:

1 – Local onde ocorreu a tortura (dependências de quartéis ou outros locais ). Qualquer dado, por mínimo que seja, poderá ajudar na identificação do local.
Texto completo
2 – Quantos eram os torturadores. Trajes que usavam. Sinais característicos; idade, compleição física etc.
3 – Ela alega que teve um dente abalado por um soco que tomou na face. Se isto realmente tivesse

  Vejam se esses dentinhos foram abalados
  ao apelidá-la de Mônica !
acontecido, haveria cicatriz. Na fotografia em que ela aparece na Auditoria Militar da 4ª. RM seu aspecto físico não apresenta sinais de violência física e seu semblante é tranquilo ( aliás, de todos os demais, inclusive do “consultor secreto ” PIMENTEL).
4 – Outros dados que ajudem na identificação de seus torturadores.
Batalha
Observação do site www.averdadesufocada.com  : Dilma, se contradizendo, também alega, segundo o Correio Braziliense, que esse soco deslocou sua arcada dentária, projetando seus dentes para fora, o que só foi corrigido com uma cirurgia, quando já era candidata à presidência. Esqueceu que muitos de seus companheiros afirmaram que ela era dentuça e que o próprio Lamarca a apelidara de Mônica - a do desenho de Maurício de Souza -, por essa sua caracteristica

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

DIGO, FALTA MORAL AO GOVERNO BRASILEIRO


 Falta moral à nação brasileira...



...para condenar o Congresso do Paraguai!
Gen Bda Paulo Chagas

Caros amigos
 Por oportuno e coerente, repito aqui o fulcro do que escrevi há algum tempo quando da patética intervenção do governo lulopetista nos assuntos da política interna de Honduras.
Como a maioria dos brasileiros, sempre imaginei que o imobilismo do Brasil da era pós-moral (1988 até nossos dias) em relação às violações dos direitos humanos em países como Cuba, Venezuela e outros era devido ao respeito ao preceito constitucional de não intervenção nos assuntos internos de países soberanos, mesmo que submetidos a governos tirânicos e totalitários, como é o caso dos citados.

Constato, mais uma vez, à luz, agora, da reação ao impeachment de Fernando Lugo, que não se trata de obediência à Lei Maior, mas, sim, de pura conivência e de invejável fidelidade a acordos e planos traçados e tratados à sombra da liberdade democrática.
O bom exemplo do Legislativo e do Judiciário de Honduras e do Congresso paraguaio deveriam abrir-nos os olhos para a necessidade de adotarmos, aqui no Brasil, procedimento semelhante em face de violações correntes das leis e da boa conduta política e administrativa por parte de autoridades dos três poderes da república.

Se o “rito” adotado pelo Paraguai fosse o mesmo que aqui se aplica a “mensaleiros” e outros corruPTos, o “bispo” libertino e incompetente seria absolvido por decurso de prazo ao final do seu terceiro mandato!
Todas as manifestações e atitudes oficiais do governo do PT com relação ao incidente político no Paraguai ferem a Constituição Brasileira e o açodamento com que se realizam, contrastando com a leniência com que trata as suas próprias mazelas, demonstram que o plano de expansão do socialismo bolivariano-chavista arquitetado no Foro de São Paulo não contava com mais este percalço!
O desrespeito à soberania de Honduras estimulou a violência urbana em Tegucigalpa. O mesmo procedimento pretende, agora, promover distúrbios e violência em Assunção. É a especialidade e a linguagem da “democracia” praticada pelos terroristas, caudilhos e corruPTos de esquerda que pretendem perenizar-se no poder.
No Paraguai, o Senado e a Câmara não fizeram mais do que aplicar, eficientemente, uma norma constitucional para livrar o país da pretensão obscura de um demagogo imoral e inapto que, como outros no subcontinente sulamericano, estava comprometido com uma “democracia socialista” e com tudo que isto representa em termos de atraso, radicalismo, apropriação indébita e confisco de bens e direitos.

Honduras e Paraguai poderiam servir de exemplo ao Brasil e fazer ver à nossa Presidente e seus apaniguados da situação, bem como aos omissos da oposição, que popularidade não é o mesmo que autoridade, cuja legitimidade repousa no cumprimento das leis, dentro dos limites estabelecidos por elas, e não em arroubos demagógicos ao arrepio da lógica e do bom senso.

Infelizmente, no entanto, ao escolhermos imorais para governar-nos e para representar-nos no Congresso e ao aceitarmos a posse de oportunistas na Suprema Corte, fica a nos faltar moral para impor qualquer tipo de moralidade à política, à justiça ou à gestão da coisa pública!
No Brasil, particularmente no Brasil da era pós-moral, há leis que pegam e leis que não pegam. A Constituição Federal de 1988, por exemplo, é uma das que não pegou, aliás, nasceu com este fim sob a tutela daqueles que temiam a lei, a ordem, a moral, a ética e os bons costumes. Trata-se de uma obra de autoproteção, desmoralizada e inútil, repito!

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

APOIO AOS DITADORES DE ESQUERDA


Paraguai-Cuba: dois pesos e duas medidas



        Graça Salgueiro
Destaque Internacional

São dois pesos e duas medidas injustas, arbitrárias e inaceitáveis.
Destaque Internacional - Ano XIV - nº 349 - Madri - São José da Costa Rica - Santiago. Domingo, 24 de junho de 2012. Editorial interativo. São bem-vindas as sugestões, opiniões e críticas. Pode-se difundir livremente, inclusive sem citar a fonte.
Tradução: Graça Salgueiro
Os governos de esquerda, radicais e moderados, ao mesmo tempo em que pressionam o Paraguai, abrem as portas dos máximos organismos regionais como a OEA, o Mercosul e a Unasul à Cuba comunista.

1. O Poder Legislativo do Paraguai destituiu o esquerdista presidente Lugo em uma rápida e quase unânime votação na Câmara dos Deputados e no Senado. 76 deputados, de um total de 80, e 39 senadores, de um total de 45, votaram a favor da destituição.
Os legisladores paraguaios alegam que se basearam estritamente na Constituição, a qual permitiria processos rápidos de destituição. Os governos mais radicalmente esquerdistas e anti-democráticos da região, Venezuela, Bolívia e Equador, começaram a rasgar as roupas e falam de golpe. Governos da esquerda mais moderada estudam a possibilidade de suspender o Paraguai de organismos regionais como o Mercosul e a Unasul, alegando que violaram-se as denominadas "cláusulas democráticas" que constam dos estatutos de ambas as entidades internacionais, das quais o Paraguai é membro.
2. O concreto é que tanto os governos da esquerda radical quanto os governos da esquerda moderada, ao mesmo tempo em que agora começam a pressionar o Paraguai, abrem as portas dos máximos organismos regionais como a OEA, o Mercosul e a Unasul à Cuba comunista. O "eixo" de governantes de esquerda, radicais e moderados, abrem portas, braços e cofres aos ditadores comunistas, apesar de que em Cuba violam-se desde há mais de meio século todos e cada um dos princípios democráticos que hoje se alegam para condenar a complexa situação política paraguaia.

O governo brasileiro, por exemplo, que trata de justificar seu silêncio em relação à violação dos direitos humanos na Cuba comunista, alegando o princípio da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados, na hora de pressionar o Paraguai parece se esquecer desse mesmo princípio de não-intervenção.

Dessa maneira, em relação ao Paraguai e a Cuba usam-se dois pesos e duas medidas.
3. A recente visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à América Latina, passou para um segundo plano por causa da crise institucional no Paraguai, mas não conseguiu diminuir a importância intrínseca desse giro, o segundo em seis meses.
4. Na Venezuela, Ahmadinejad fortaleceu os vínculos econômicos e estratégicos com o governo de Chávez, que incluem a fabricação de equipamentos militares para o Exército venezuelano e a colaboração no plano da energia nuclear.
5. Na Bolívia, o presidente iraniano também estreitou laços militares com o governo do esquerdista Evo Morales, incluindo a área da inteligência militar, estabeleceu acordos para a exploração das ricas jazidas de urânio dessa nação andina e fortaleceu o "eixo" anti-norte-americano no continente.
6. Tanto na Venezuela quanto na Bolívia, dirigentes opositores, personalidades da sociedade e especialistas alertaram sobre o perigo que representava essa aliança com o Irã para as soberanias dos respectivos países. Também ficou claro o objetivo de fortalecer as Forças Armadas, na medida em que vão se transformando em fatores potencialmente revolucionários e de suporte para a continuidade de regimes esquerdistas.
7. No Uruguai, no mesmo sentido, tiveram ampla repercussão as declarações da senadora Lucía Topolansky, esposa do presidente José Mujica, ambos ex-guerrilheiros tupamaros, manifestando seu objetivo de "fazer um trabalho nas cabeças" dos membros das Forças Armadas uruguaias, para pô-los do lado da Frente Ampla e assegurar a continuidade do projeto hegemônico da esquerda uruguaia. A senadora Topolansky, passando por cima de preceitos constitucionais que determinam a neutralidade política dos militares em atividade, chegou a estabelecer uma meta para a primeira etapa da infiltração ideológica nas Forças Armadas uruguaias: contar com "um terço da oficialidade" e com "a metade da tropa".
8. O plano Ahmadinejad e o plano Topolansky parecem coincidir, cada um à sua maneira e em seus respectivos âmbitos de influência, em um mesmo objetivo de captação das Forças Armadas para eventuais aventuras revolucionárias. Para alcançar esse objetivo hegemônico, se deverá obter uma conseqüente desconstrução de princípios e mentalidades dos membros das Forças Armadas que ainda possam oferecer resistência a essas aventuras.
9. Diante de ambos os planos impulsionados pelo presidente Ahmadinejad e pela senadora Topolansky, nenhum dos governantes regionais fez a menor advertência ou manifestou o menor sinal de inquietação. São os mesmos governantes que hoje clamam aos céus pela crise institucional paraguaia, alegando cláusulas democráticas estabelecidas em pactos continentais. São os mesmos governantes que alegam o princípio da não-intervenção nos assuntos internos de outros países para abrir os braços aos ditadores cubanos e para abrir as portas à Cuba nos mais importantes organismos continentais.

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

domingo, 24 de junho de 2012


- A tropa de choque do MST e de Maria do Rosário tenta me intimidare faz ameaças.


Estou passando a informação à PF a a Dilma Roussef, a chefe de Maria do Rosário! Páginas financiadas´por estatais estão incitando a violência!
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Jornais, TVs, sites, blogs, rádios… As ações de um grupo que se intitula “Levante Popular” estão noticiadas em toda parte. Ele decidiram “esculachar”, como dizem, as pessoas acusadas de terem praticado tortura durante o regime militar. Vão até suas respectivas casas ou locais de trabalho, gritam, xingam, picham… E tudo, dizem, porque pretendem, contrariando o que diz a Lei de Anistia, que os acusados sejam processados criminalmente e julgados.
Texto completo
Muito bem! Digamos que isso fosse possível: o que eles estão promovendo é um linchamento. Isso que fazem combina bem com o fascismo, com a revolução cultural chinesa, mas não combina com democracia.
O objetivo declarado, afirmam, é a instalação da Comissão da Verdade. Bem, então estão anunciando o que pretendem com ela, e também isto contraria o texto explícito da lei. É revanche!
Desde ontem, passei a receber dezenas de ameaças. Meu “crime”, segundo eles? Ser contrário à revisão da Lei da Anistia, a exemplo da maioria do Supremo Tribunal Federal e da Advocacia Geral da União, que fala em nome da Presidência da República.
Acontece que a mesma presidente da República mantém na pasta dos Direitos Humanos uma ministra que, de forma desabrida, incentiva o desrespeito à Lei da Anistia — entre outras leis, é bom ficar claro. Publico um exemplo de comentário, que já enviei à polícia com o devido IP:
“E o Levante Jovem está se preparando para acampar na frente de sua casa e mostrar seu currículo verdadeiro às pessoas. Vc merece esta homenagem, meu Rei.”
Vem assinado por “Kozel Paes”, IP 83.86.0.98. O IP não é um instrumento de alta precisão. Sabendo a hora em que foi enviado, e eu sei, não é impossível chegar à origem.
O meu verdadeiro currículo??? Isso! Vão procurar. Quando se opor à ditadura representava realmente um risco, era na oposição que eu estava e fui perseguido.
Essa gente tem hoje a grande coragem de se opor à democracia.
De resto, “Kozel” mais importante do que esse é “Mário Kozel Filho, um garoto assassinado em 26 de junho de 1968, quando um carro-bomba foi lançado contra os muros do Quartel General do II Exército, em São Paulo, numa ação de vários grupos terroristas, liderados pela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). A VPR, no ano seguinte, daria origem à VAR-Palmares, grupo a que pertenceu Dilma Rousseff. O corpo de Kozel ficou irreconhecível. Foi pelos ares. Aos pedaços.
Via Campesina
Os miliantes do “Levante Popular” estão batendo bumbo em sua página porque toda a grande imprensa, que desprezam, lhes deu amplo espaço. E sem dizer quem são eles, o que deveria envergonhar esse jornalismo.
São tratados como “os jovens”. Quem organizou as ações foi a Via Campesina, organização de extrema esquerda que está em vários países na América Latina, cujo grande esteio, no Brasil, é o MST. Vale dizer: por trás dos jovens, está o velho João Pedro Stedile. Não tendo mais o que dizer e o que fazer com sua proposta atrasada de reforma agrária, o MST decidiu agora caçar e cassar seus supostos inimigos nas ruas.
Presto a essa gente um favor e publico aqui o link de sua página na Internet. Esses grandes defensores da democracia recomendam alguns sites e blogs. Entre eles, está, por exemplo, Cubainformación, que faz proselitismo do regime cubano.
VOCÊS ENTENDERAM DIREITO: a “juventude” que diz querer a Comissão da Verdade no Brasil e que pretende sair por aí pichando a casa de pessoas acusadas de tortura defende um regime que… tortura e mata!
Ainda hoje publiquei o tratamento que os agentes de Raúl Castro dispensaram a um homem que ousou gritar “Abaixo o comunismo!” numa via pública. Foi tratado aos tabefes. A esta hora, deve estar numa masmorra. É o que quer o tal movimento “Levante Popular”. Se vocês entrarem agora na página, encontrarão lá o discurso de Raúl Castro por ocasião da visita do papa.
Incitadores da violência
Quero aqui chamar a atenção para o fato de que as páginas dessa gente que forma o que chamo “Jornalismo da Esgotosfera Governista” (JEG) já não se contenta mais em demonizar supostos adversários, em difamar, em caluniar. Agora, por intermédio, sobretudo, de “comentadores”, pregam que aqueles de quem discordam sejam perseguidos e agredidos fisicamente.  É fascismo em estado bruto.
Ajudam a causa?
Essas pessoas dizem querer a instalação da “Comissão da Verdade”. É mesmo? Pois, entendo, estão prestando um desserviço à causa que dizem abraçar. Se o grupo nem foi ainda formado, e as tropas de choque já estão em ação, dá para imaginar como será depois.
As pessoas sensatas, que têm miolos, já atentaram para o risco implícito em tais ações. “Sou contra esse tipo de protesto. Quem tem que dizer quem torturou é o poder público. A sociedade deve se manifestar, mas pichar a calçada das pessoas é vandalismo”. A afirmação é de Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog. Ivo não tem razão nenhuma para “proteger torturadores”. Seu pai foi assassinado no DOI-CODI, em São Paulo, em outubro de 1975.
Deixo claro: não estou tentando pegar carona na opinião de Ivo para afirmar que pensamos a mesma coisa sobre o alcance da Lei da Anistia, a Comissão da Verdade ou qualquer outro tema. É provável que não! Há coincidência apenas sobre esse particular.
Encerro
 Não existe mais no Brasil, excetuando-se um delírio isolado ou outro, a extrema direita que recusa a democracia. Felizmente! Ou me digam, então, onde ela está.
Mas a extrema esquerda que não aceita o império do regime democrático e do estado de direito está aí, ativa. E conta com a colaboração covarde da grande imprensa, incapaz de dizer quem é e o que pensa o tal “Levante Popular”.
Eis aí, presidente Dilma! Essa é a tolerância que seu governo, direta ou indiretamente, está patrocinando!
Ainda voltarei ao tema
Por Reinaldo Azevedo

Fonte:http://www.averdadesufocada.com/

 O que, afinal, quer Dilma? Reeditar a “Guerra do Paraguai”?


O Brasil tem de ser mais respeitoso com a soberania de um país vizinho!
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Sabem o que há, de verdade!, na raiz da reação negativa dos países sul-americanos à deposição de Fernando Lugo? Má consciência! Também e muito especialmente no Brasil. Já chego lá. Antes, algumas considerações.

O Paraguai está em paz dois dias depois de Lugo ter sido deposto pelo Congresso, segundo a mais estrita e rigorosa letra da Constituição. Mas não ficará assim por muito tempo se depender do Brasil e de outros países sul-americanos. Parece que a presidente Dilma Rousseff, seguindo os passos aloprados de seu antecessor no caso da crise hondurenha, não se conforma com a praça vazia. A expectativa era a de que milhões fossem às ruas em defesa do presidente deposto. Não apareceu um só. O mesmo, aliás, havia ocorrido em Honduras. As manifestações só começaram quando Manuel Zelaya resolveu organizar a “resistência” na embaixada do Brasil, com o apoio de Lula e Chávez.
A Constituição foi rigorosamente seguida. Mas Dilma não gostou.
A Câmara aceitou a denúncia por 73 votos a 1. Mas Dilma não gostou.
O Senado aprovou o impedimento por 39 votos a 4. Mas Dilma não gostou.
O Judiciário declarou legal a deposição de Lugo. Mas Dilma não gostou.
Até a Igreja Católica no Paraguai reconhece como legítimo o impeachment. Mas Dilma não gostou.
O povo paraguaio, vê-se, aceitou a solução. Mas Dilma não gostou.
Então vamos ver. A lei foi cumprida. A democracia continua em pleno funcionamento. Os Poderes instituídos e o povo do Paraguai reconhecem o novo presidente. Qual é, afinal de contas, o problema do Brasil? “Ah, o rito foi sumário!” Foi porque as leis paraguaias permitem que assim seja. O Palácio do Planalto pode tentar exportar alguns dos nossos legisladores para ao país vizinho para que se façam, então, leis melhores, mais ao gosto do nosso governo, não é mesmo?
Não! Definitivamente, não é assim que a música toca! Ameaçar o Paraguai com o isolamento quando estão em vigência todas as instituições que caracterizam a democracia é inaceitável. Qual é a acusação? Sim, trata-se de má consciência e explico por quê.
Alguns governantes latino-americanos, tendo as injustiças sociais como desculpa, passaram a acreditar que podem desrespeitar abertamente as leis que os elegeram para, então, fazer… justiça! A desigualdade social no Paraguai é, de fato, obscena. Há dois caminhos para dar uma resposta: com leis e debate democráticos — e isso requer competência, capacidade de negociação, implementação paulatina de medidas… E há o outro modo: partir para a pistolagem. Lugo prometeu uma ampla reforma agrária no país (nem vou entrar no mérito se o caminho era mesmo esse). Seus planos não saíram do papel. Não obstante, passou a tolerar o banditismo de grupos extremistas que falam em nome dos sem-terra. Deu no que deu.
Ou por outra: incompetente que era, Lugo não conseguiu apresentar um plano ao país; demagogo que era, passou a manipular o extremismo a seu favor. Os bandoleiros ameaçam justamente a parte mais virtuosa da produção agrária paraguaia — que inclui os brasileiros, é bom lembrar! Aliás, cuidasse o nosso governo um pouco mais do seu próprio povo, teria vários motivos para estar agastado com Lugo. Há uma perseguição organizada aos chamados “brasiguaios” no país. As supostas “vítimas das desigualdades” estão invadindo, saqueando e depredando fazendas. Há famílias que foram expulsas de suas terras. Não se ouviu até agora de um pio do Itamaraty ou Dilma Rousseff.
Os governantes sul-americanos que ameaçam isolar o Paraguai — e, lamento!, isto vale também para Dilma — estão, na prática, cuidando mais de si mesmos do que de Fernando Lugo, que não tem condições, é evidente, nem legais nem políticas de voltar ao poder. Estão dizendo que NÃO ACEITAM SER DEPOSTOS POR LEIS DEMOCRÁTICAS NEM QUANDO AS TRANSGRIDEM. Ainda que com palavras um tanto oblíquas, de sentido enviesado, afirmam que se deve tolerar que o chefe do Executivo mande as leis às favas e se junte a grupos que desrespeitam os fundamentos da democracia, mas que é intolerável que o Congresso e a Justiça usem as suas prerrogativas.
Ora, vejam nesta página uma crítica que fiz a um texto de Janio de Freitas publicado hoje na Folha. O valente defende os mensaleiros, diz que o julgamento no Supremo traduz o confronto entre os “reformistas” e os “conservadores”, que o resultado é crucial para a democracia brasileira, que se trata de uma questão política e que, conclui-se, o Supremo só dará provas de isenção se absolver os acusados. Vejam lá o que escrevi a respeito.
É precisamente essa má consciência que está na raiz da acusação falsa, escandalosamente mentirosa, de que houve “golpe” no Paraguai. Tivessem morrido 17 pessoas num confronto por terra num Paraguai governado pela “direita”, haveria uma penca de ONGs gritando mundo afora: “Massacre! Massacre!”. Se o Congresso decidisse impichar o presidente por “mau desempenho”, seria aplaudido como expressão da verdadeira democracia. Como tudo se deu na gestão do “progressista” Lugo, então ouvimos aquele ruidoso silêncio. Afinal, diria Janio de Freitas, ele é “um reformista”…
Acho que não convém Dilma fazer uma nova “Guerra do Paraguai” em defesa de um demagogo, que foi deposto segundo o que estabelece a lei. Não faltará um leito para abrigar o “bispo pegador”…

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

ONDE ESTÃO OS LIVRES E DE BONS COSTUMES?


 O homem que desmoralizou a patifaria




Percival Puggina

                 Leitura recomendada
            Tão logo começaram a circular pelo mundo as imagens de Lula e Maluf selando aliança política para beneficiar Haddad no pleito paulistano, a mídia disciplinada pelo PT começou a reprovar o comportamento de Lula. Não o fazer seria escandaloso. Mas era preciso reprovar como quem estivesse surpreso. Como se aquilo fosse uma grande novidade e uma nódoa incompatível com a alva túnica do seráfico ex-presidente.             .

Do lado oposicionista, surgiram comentários no sentido de que se tratava de uma aliança entre iguais. Dizia-se que ambos se mereciam
Que seriam parceiros na escassez de escrúpulos. Que os dois seriam dotados de uma consciência maleável como massinha de moldar. Também essa foi minha primeira opinião, até assistir a um debate em que tal afirmação foi feita, recebendo a seguinte contestação de um representante do PT: "Não dá para comparar Lula com Maluf. Lula não é procurado pela Interpol!". Essa frase me levou a colocar os dois personagens nos pratos de uma balança mental das iniquidades. Instalei-os ali, enquanto sopesava as respectivas biografias, que, a essas alturas, enchiam as páginas dos blogs e sites da rede.
            Resultado do teste: Maluf foi catapultado para cima enquanto Lula se estatelava embaixo. De fato, Lula não tem condenação criminal. Mas até mesmo na balança de um juízo moral tolerante, é infinitamente mais danoso do que seu parceiro. O que ele fez com a política, com a democracia, com os critérios de juízo dos eleitores e com as próprias instituições nacionais é pior, muito pior do que o prontuário criminal do seu parceiro na eleição paulistana. Os estragos de Maluf se indenizam em São Paulo, com dinheiro, e se punem com cadeia. Os de Lula levarão décadas para serem retificados na consciência nacional e nas instituições do país.
            A sociedade, em algum momento, emergirá da letargia produzida pelo carisma do ex-presidente e pela rede de mistificações em que se envolve. Compreenderá, então, que o modo de fazer política introduzido por Lula conseguiu desmoralizar a patifaria. Antes dele havia um certo recato na imoralidade. As vilanias eram executadas com algum escrúpulo. Quando alguém gritava que o rei estava nu, as pessoas olhavam para as partes polpudas do rei e se escandalizavam. Com Lula, as pessoas olham para o lado. Não querem ver. São como os julgadores de Galileu que se recusavam a olhar pelo telescópio com que ele lhes queria mostrar o universo: "Noi non vogliamo guardare perché se lo facciamo potremmo cambiare". Não olham porque mudar de opinião pode custar caro.
            Então, o rei aparece no jardim, nu como uma donzela de Botticelli, e as pessoas olham para o Maluf, de terno e gravata com ar de escândalo. Se isso não é a desmoralização da moral, se a influência de Lula nos costumes políticos não nos submete, como cidadãos, aos padrões próprios de um covil de velhacos, então é porque - ai de mim! -  em algum lugar do passado recente, perdi a visão e a razão.
* Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

FONTE:http://www.averdadesufocada.com


 Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis



Tenente-coronel reformado fala sobre casa onde 22 pessoas podem ter sido executadas 


Chico Otávio - Juliana Dal Piva Marcelo Remígio -



Na casa na Rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, funcionava aparelho clçandestino do Centro de Informações do Exército (CIE)O Globo / Custódio Coimbra
RIO — Depois de cinco horas de conversa, o velho oficial estava livre de um dos mais bem guardados segredos do regime militar: o propósito e a rotina do aparelho clandestino mantido nos anos 1970 pelo Centro de Informações do Exército (CIE) em Petrópolis, conhecido na literatura dos anos de chumbo como “Casa da Morte”, onde podem ter sido executados pelo menos 22 presos políticos.

Passados quase 40 anos, um dos agentes que atuaram na casa, o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74 anos, o “Doutor Pablo” dos porões, quebrou o silêncio sobre o assunto.
No jargão do regime, revelou Malhães, a casa era chamada de centro de conveniência e servia para pressionar os presos a mudar de lado e virar informantes infiltrados, ou RX, outra gíria dos agentes. O oficial não usa a palavra tortura, mas deixa clara a crueldade dos métodos usados para convencer os presos:
— Para virar alguém, tinha que destruir convicções sobre comunismo. Em geral no papo, quase todos os meus viraram. Claro que a gente dava sustos, e o susto era sempre a morte. A casa de Petrópolis era para isso. Uma casa de conveniência, como a gente chamava.
As equipes do CIE, afirmou, trabalhavam individualmente, cada qual levando o seu preso, com o objetivo de cooptá-lo. O oficial disse que a libertação de Inês Etienne Romeu, a única presa sobrevivente da casa, foi um erro dos agentes, que teriam sido enganados por ela, acreditando que aceitara a condição de infiltrada.
Malhães só não contou o que era feito com os que resistiram à pressão para trair. Diante da pergunta, ficou em silêncio e, em seguida, lembrou que nada na casa de Petrópolis era feito à revelia dos superiores. As equipes relatavam e esperavam pela voz do comando:
— Se era o fim da linha? Podia ser, mas não era ali que determinava.
Até terça-feira, quando o militar abriu a porteira do sítio na Baixada Fluminense aos repórteres, nenhum dos agentes da casa havia falado sobre ela. O que se sabia era o testemunho de Inês Etienne, colhido em 1971 mas só divulgado em 1979, após o período em que cumpriu pena por envolvimento com a guerrilha da VAR-Palmares. Outras referências ao local apareceram em entrevistas e livros de colaboradores do regime, como o oficial médico Amilcar Lobo, o sargento Marival Chaves (CIE-DF) e o delegado da Polícia capixaba Cláudio Guerra.
Sentado ao lado da mulher no alpendre da casa maltratada pelo tempo, Malhães revelou que já pertencia ao Movimento Anticomunista (MAC) quando ingressou nos quadros da repressão. Sua ascensão, iniciada com um curso de técnicas para abrir cadeados, fazer escuta, aprender a seguir pessoas, foi rápida. Após o golpe militar, passou pela 2 Seção (Informações) e pelo Destacamento de Operações de Informações (DOI) do I Exército (RJ) antes de ingressar no Centro de Informações do Exército (CIE), onde passou a perseguir as organizações da luta armada pelo país.
‘Eu organizei o lugar’
A casa de Petrópolis, na Rua Arthur Barbosa 668, Centro, teria sido um trabalho específico de Malhães já dentro do CIE. Ele afirmou que o imóvel, emprestado à repressão pelo então proprietário, Mario Lodders, não era o único aparelho com esse propósito:
— Tinha outras. Eu organizei o lugar. Quem eram as sentinelas, a rotina e quando se dava festa para disfarçar, por exemplo. Tinha que dar vida a essa casa. Eu era um fazendeiro que vinha para Petrópolis de vez em quando — contou Malhães, que se recusou a revelar o nome das sentinelas e não se deixou fotografar.
Cada oficial, informou, contava com sua própria equipe, que podia incluir cabos, sargentos, policiais federais, delegados ou médicos. De acordo com o coronel, na maioria das vezes, as equipes trabalhavam com um preso de cada vez na casa. Esse seria o motivo alegado por ele para desconhecer o destino de presos citados na lista dos desaparecidos políticos.
— Eu trabalhei uns cinco ou seis. Às vezes, passava de um mês com um — explicou.
O oficial disse que as táticas para cooptar e formar os infiltrados variavam, e cada um deles era detalhadamente estudado antes da abordagem, tanto sua ideologia como a família. Malhães disse que chegou a ficar preso por 30 dias numa cadeia, disfarçado, em tentativa de arregimentar um RX. Depois que os presos mudavam de posição, eles eram filmados delatando os companheiros. No depoimento sobre os cem dias que passou na casa, Inês Etienne relatou que fingiu ser uma infiltrada e foi filmada contando dinheiro e assinando um contrato com seus algozes.
Sobre o destino de alguns nomes de presos, que arquivos ou testemunhas apontam que estiveram na Casa da Morte, ele disse que o ex-deputado federal Rubens Paiva não passou por lá, mas admitiu ter visto Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, comandante da VAR-Palmares desaparecido em fevereiro de 1971.
— O Beto talvez tenha conhecido — informou.
Questionado novamente se os militantes da luta armada eram assassinados, ele respondeu:
— Se ele deu depoimento, mas a estrutura (da organização guerrilheira) não caiu, ele pode ter sofrido as consequências.
O coronel reformado disse que, além da garantia de sigilo, era oferecida ajuda financeira aos infiltrados, embora nem todos aceitassem. Uma reunião do PCdoB em São Paulo, afirmou, teria custado R$ 50 mil. Sem fornecer qualquer prova além das declarações, disse que nem todos os desaparecidos teriam morrido no período.
— Na lista de desaparecidos tem RX. E muita gente morreu em combate. Desaparecido é um termo forçado. Em combate, tudo pode acontecer. E você não vai achar desaparecido nunca — declarou ele, ao negar as formas conhecidas até aqui para desaparecimento dos corpos.
Para o ex-preso político Ivan Seixas, diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Malhães é fundamental para esclarecer o destino dos desaparecidos:
— Ele foi um dos três coordenadores operacionais da repressão, ao lado de Freddie Perdigão Pereira e de Ênio Pimentel Silveira, que já estão mortos

Fontehttp://www.averdadesufocada.com

ESSA TURMA É RADICAL E TOTALITARÍSTAS


ANTI FORO DE SÃO PAULO


"O mal original é o mito da revolução. afirmo que ele justifica tudo, até os mensaleiros brasileiros. Alguns jornalistas têm coragem de romper o silêncio para lembrar o óbvio: O Foro de São Paulo é a organização que junta as FARC, Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e (ó surpresa) o PT. As esquerdas querem criar o seu clubinho? Tudo bem! Quando se admitem terroristas e traficantes como membros, então é associação para o crime

Fonte:.antiforodesaopaulo.blogspot.com.br

MENTIR É A PRÁTICA DELLES


Mino Pedrosa

AGNELO QUEIROZ: MENTIRA TEM PERNA CURTA






           


O Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz mentiu na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a organização criminosa comandada por Carlos Cachoeira. Os diálogos interceptados pela Policia Federal na operação Monte Carlo revelam que o grupo criminoso nomeou o diretor adjunto da Policia Civil do DF  João Rodrigues, agindo em parceria com o diretor da Policia Especializada delegado Mauro Cezar Lima.


Os documentos revelam também a existência de carretas para o transporte de lixo de propriedade do filho do então chefe de gabinete de Agnelo, Claudio Monteiro. o João Cláudio. As carretas estavam alugadas para empreiteira Delta, responsável pela coleta de lixo do DF e financiadora na campanha de Tadeu Felippelli e Agnelo, revelado com exclusividade por esta revista eletrônica. 


Figura também no documento da PF que o grupo criminoso tentava abocanhar a conta de publicidade do Detran-DF através da Agencia Plá de Comunicação e Propaganda,  de propriedade de Marcello Lopes,  vulgo Marcelão. 


O policial ocupava o cargo de assessor na Casa Militar do GDF  e as interceptações demonstram a ligação entre integrantes do Governo do Distrito Federal com o chamado bando do Cachoeira. 


Veja aqui o documento da Operação Monte Carlo


























sábado, 23 de junho de 2012

PUDOR! NEM PENSAR...


Neocoronelismo urbano


Oposição de Erundina à aproximação Lula-Maluf reforça tese de que neste país o ‘novo’ nunca foi novo






Carlos Guilherme Mota - O Estado de S. Paulo
Mal começado, o século 21 trouxe uma surpresa histórica: Lula se aliou a Maluf. O arco se fecha, e queima-se um bom candidato à condução da megacidade de São Paulo, capital financeira e cultural do País. Era só o que faltava para a caracterização completa dessa "república de coalizões" estapafúrdias, com seu futuro redesenhado nessa semana a partir da maior metrópole do País. Hoje, que significa mesmo ser republicano?

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Maluf, então prefeito, vistoria obras na Av. Dr. Arnaldo, em 1969 - Arquivo AE

Maluf, então prefeito, vistoria obras na Av. Dr. Arnaldo, em 1969


Encerra-se um ciclo histórico, deixando para trás as esperanças de efetiva e sólida renovação político-social por conta do líder operário que nos anos 1970 pusera paletó e gravata para encontrar-se, a pedido, com o chanceler alemão Helmut Schmidt no hotel Hilton, centro de São Paulo, e explicar-lhe a nova era e o novo sindicalismo, o que impactou o sistema civil-militar de então. O mesmo bravo líder que enfrentou a ditadura a partir da "república do ABC"; o paciencioso torneiro que disputou – até ganhar! – eleições presidenciais contra forças de herdeiros da ditadura, da mídia e do capital financeiro e, vencedor, encarnou a vanguarda das lutas sociais na América Latina; esse líder não conseguiu fugir ao modelo autocrático-burguês. Pena.

Qual a lógica da política na terra bandeirante? Será possível fazer-se uma análise crítica das forças políticas que comandam a cidade desde, digamos, os tempos da ditadura e dos prefeitos biônicos até hoje? De que maneira os grupos econômico-financeiros, empreiteiras e respectivas forças políticas se revezaram na briga pelo poder? E o que tudo isso tem a ver com o modelo caótico de cidade que temos hoje? Não parece haver dúvidas sobre a importância da disputa municipal deste ano nas futuras eleições presidencial e estadual, sobretudo quando se recorda que o PT, como o antigo PTB e o atual PDT, sempre tiveram dificuldades eleitorais neste Estado e nesta anticidade. Desafio para todos, inclusive para a presidente Dilma, que vai melhorando em sua caminhada, sobretudo quando guarda alguma distância dessa sombra que não quer calar.

A galeria dos ex-prefeitos paulistanos ostenta de tudo, em termos humanos e de interesses do capital. Nossa urbe, marcada pela preocupação com o bem comum (o "ben comun", como se lê nas Atas da Câmara já no século 16) e os interesses da coletividade, teve fortes lideranças, desde o Morgado de Mateus (1765–1775) até o verdadeiro estadista que foi Prestes Maia, já no século 20, estudado pelos eruditos Benedicto Lima de Toledo e Candido Malta Campos, este em sua obra fundamental Rumos da Cidade. Ao revisitarmos a galeria dos ex-prefeitos, sem preocupação de arrolamento, nota-se que alguns são destacáveis (Faria Lima, Olavo Setúbal, Mário Covas, Luiza Erundina, Marta Suplicy, José Serra), outros "esquecíveis" (Jânio Quadros, Adhemar de Barros, Celso Pitta, Paulo Maluf). Mas convidemos o (e)leitor a avaliar o que cada um/uma representou ou ainda representa.

Na atualidade política, dizem os incautos ou muito espertos que direita e esquerda são definições que já não têm sentido. Carentes de leitura de livros, revistas e do mundo contemporâneo, lhes bastaria constatar as diferenças na França entre os projetos de um François Hollande e uma Marine Le Pen, ou no Brasil, entre os de Covas e Pitta, ou entre os de Maluf e (digamos) Lula.

O problema é que, de tempos em tempos, a capital paulista gera quasímodos políticos como Paulo Salim Maluf, um dos pilares da ditadura de 1964. O ex-governador, ex-candidato à Presidência da República e ex-prefeito de São Paulo (as ossadas de Perus não permitem esquecê-lo), nessa aproximação com o ex-presidente Lula com vistas à eleição municipal para escolha do novo prefeito da maior cidade da América Latina, obriga o cidadão minimamente ético e atento à História e a nossa vida política e social a se perguntar se não estamos vivendo mais uma ficção de mau gosto. Nesta agora cidade-pânico, penso no cidadão ativo que se recusa a ser alvo daquela frase ácida de Raymundo Faoro, quando dizia que "o Brasil é um país de otários", uma sentença dura do girondino radical, mas que se atualiza cada manhã ao tomarmos conhecimento do noticiário nacional, ou tentarmos entrar em um metrô (digamos, a Linha Vermelha, de Itaquera à Barra Funda), ou simplesmente atravessar a rua na faixa de pedestres. O problema é que o girondino gaúcho não logrou ensinar a radicalidade responsável ao seu amigo pernambucano, que deveria ser adotada como estratégia e referência em face dos "donos do poder". Ou seja, do patronato político brasileiro, incluídos os últimos lamentáveis ministros das Cidades, no ministério hoje nas mãos do PP de Maluf. Pobres cidades brasileiras…

Neste país de amnésicos, vale recordar o velho Marx, pois do PT, um partido de esquerda, poderíamos esperar tudo, menos a aliança Lula-Maluf. Marx dizia que, ao longo da história há fenômenos que podem se repetir: na primeira vez, ocorrem como tragédia; na segunda, como farsa. Historicamente, na prática, Paulo Maluf contradiz Marx, pois a primeira vez que ocupou posto público foi farsa, a segunda também, a terceira idem, e assim sucessivamente, até essa semana de sucesso… Mas Marx nunca foi bem lido por eles, ou talvez nem sequer lido, e muito menos pensado, sobretudo em suas páginas incômodas sobre os lumpesinatos – de onde provêm a massa dos eleitores de Maluf – que, despidos de ideologia ou filosofia, topam qualquer parada e constituem um freio para o avanço da História.

Como explicar o que aconteceu essa semana em São Paulo, senão pela confluência, para fins eleiçoeiros, de duas lideranças populistas para puxar as massas de seus respectivos eleitores? De uma parte, as gentes de Maluf, liderança que mobiliza moradores da periferia – muito menos do que se imagina, talvez Marta mobilizasse mais –, mas também segmentos da pequena burguesia, o curral decrescente e disperso de desavisados, "despossuídos" e politicamente deseducados. E, de outra parte, os eleitores de Lula e do PT, que, apesar das crescentes defecções, compõem o contingente daqueles que creem que seu carismático líder, historicamente importante, ainda representaria a possibilidade de superação, via reforma, do capitalismo selvagem e da redenção dos trabalhadores. Ou seja, da fração da classe operária que subiu ao paraíso, como espera subir a fração mais abaixo, que aguarda sua vez (e a inadimplência) na antessala das agências de automóveis.

Enfim, uma obra de antiarte política, o encontro Maluf-Lula, que nem a burguesia mais esclarecida e empenhada poderia imaginar, muito menos arquitetar um símile competidor em suas hostes. O resultado, convenhamos, é a massificação bruta de nosso capitalismo periférico, em que tudo vale nada. E que acelera o processo de deseducação cívica e política dos jovens, o desencanto dos maduros e a descrença dos democratas nos valores do socialismo reformista. Nesse processo, desceram pelo ralo o contrato social, as lutas de classes ("apagadas" justamente no período dos governos Lula), da cidadania pura e dura, das visões progressistas de mundo e de política. Enfim, dos valores humanistas. Recorde-se que Chico de Oliveira, um dos ex-fundadores do PT, já concluíra em 2006 que "o papel transformador do PT se esgotou" (Folha de S. Paulo, 24-7-2006, p. A-12). Naquele mesmo ano, o conservador liberal Claudio Lembo sentenciava: "Lula não tem tendência a ditador. É um operário do chão de fábrica. Conhece a vida de verdade. É um pequeno burguês, apenas isso" (Folha de S. Paulo, 31-12-2006). Após o levante do PCC em 15 de maio daquele ano, em que a sociedade civil paulistana se acoelhou, a "paz" voltava a reinar na capital do capital no Brasil…

A recusa da ex-prefeita Luiza Erundina em participar dessa aproximação com Maluf vem reforçar a tese de que, neste país velho e periférico, o "novo" não é novo, e nunca foi. Rapidamente, o supostamente novo ficou velho, correndo de costas em direção ao passado, como se vê na foto histórica, com o candidato Fernando Haddad sem graça entre dois Poderosos Chefões, foto antes inimaginável. A combativa ex-prefeita Erundina, com sua recusa em participar do jogo, demonstra que o pragmatismo rasteiro não pode passar por cima de valores éticos, na política como na vida. Convidado em seguida para o posto, Pedro Dallari optou por trilhar o mesmo caminho da ex-prefeita.

O fato é que a socialista paraibano-paulistana criou um forte lema para a nova sociedade civil brasileira: "Não aceito". E pôs em alerta seu próprio partido, que vem crescendo e conquistando papel importante no cenário nacional. Que ele só terá a ganhar com tal recusa, o tempo dirá. As lideranças burguesas nacionais e as dos trabalhadores, sobretudo aquelas pessoas cidadãs preocupadas com o ethos, a transparência e o mores positivo em política e na formação de um Brasil democrático, republicano e moderno, têm agora uma possibilidade de interlocução com gente de respeito. Quanto ao PT, terá que rever o lugar da ex-prefeita Marta Suplicy no quadro local e nacional; e o PSB de Eduardo Campos, de reavaliar o valor da ex-prefeita Luiza Erundina. Do mesmo modo, os outros partidos, sobretudo o PMDB, que não podem continuar a ter esse papel de vala comum dos descorados camaleões.

Na metrópole paulistana, testemunha-se nos dias atuais o fim da História. Mais precisamente, de uma certa e bela História, que alimentou as expectativas e siderou corações e mentes (lembram-se dessa expressão?) de três ou quatro gerações. Não se trata, está claro, do fim da História de Francis Fukuyama, ideólogo de sucesso e garoto-propaganda de um capitalismo predatório "avançado" e desistoricizante. Ou seja, daquela forma de organização econômico-social que só poderia dar no que deu, mas que gerou a reação social e político-ideológica positiva que resultou na eleição de Barack Obama – uma liderança bem formada política, cultural e ideologicamente. No Brasil, o momento é de desilusão das gerações, mas como a História continua, há que se buscar sinais de novos tempos, de uma nova era.

Como analisar tantas expectativas hoje frustradas? Neste país de tradição colonial, talvez a ascensão de Lula e o crescimento do lulismo possam ser entendidos por conta do velho gosto aristocrático pelo popular, cultivado até por frações da alta burguesia e de classes médias ascendentes, um "apreço" genérico por operários, sobretudo se qualificados e bem pagos. Operários que não tivessem seus macacões sujos de graxa, que fossem conversáveis (e conversíveis) como Lech Walesa, o polonês do Solidariedade. Tal "apreço’ lembra os abraços que o grande abolicionista e aristocrático Joaquim Nabuco dava nos militantes negros, eventualmente convidados a subir em seu palanque, mantendo, porém, ligeira distância.

"Tudo que é sólido se desmancha no ar", sabemos hoje. E os carismas e populismos, como o de Jânio Quadros, também se desfizeram com o tempo, por inconsistência. Hoje, ouvem-se os aplausos de plateias que, deseducadas e mal formadas, eventualmente também são atraídas pela musicalidade da "canção nova" e pela singeleza ideológico-teológica de padres-cantores e pregadores espertos. Amanhã, quem sabe isso mude.

Nesta terra de carismas fáceis e "miséria farta" (como diria Anísio Teixeira), em que a modernidade vem sendo adiada com método, "conciliação" e rigor, talvez estejam sendo geradas, em algum canto, novas visões de mundo, lideranças e mensagens menos simplistas e grosseiras sobre o que vem a ser política, sociedade, cultura. Pois a História continua…

Fonte:http://www.estadao.com.br